Águia canta de galo sem encantar

Até aos 65 minutos, o Benfica esteve na mó de cima e parecia ter bem encaminhada uma possível presença nas meias-finais da Liga Europa, mas um erro crasso de António Silva deu vida ao Marselha e deixou as “águias” debaixo de fogo, nervosas e sem forças para reagir.

Roger Schmidt voltou a apostar na mesma equipa de sempre e não foi lesto a dar novas armas quando o gás começou a faltar a algumas unidades.

Não obstante este período mais turbulento, a equipa portuguesa está em vantagem na eliminatória graças aos golos de Rafa e de Di María. Aubameyang apontou o tento gaulês.

O reencontro entre lusos e gauleses ficou ainda marcado pela homenagem a Sven-Göran Eriksson.

Primeira parte movimentada no relvado da Luz. Com o perigo a rondar as duas áreas e com os dois conjuntos a demonstrarem muitas das virtudes e defeitos que as unem.

Sempre que conseguiu fugir às teias da primeira fase de pressão do Marselha e acelerou o jogo, o Benfica criou perigo. Foi assim que ganhou vantagem num lance que começou em Trubin, passou por Neres, Tengstedt assistiu e Rafa finalizou a preceito.

Os gauleses foram em busca do prejuízo, precipitaram diversos erros “encarnados” – Harit deixou a cabeça de Florentino em água sempre que aparecia no espaço entrelinhas.

Mas a equipa da casa aguentou e foi a mais perigosa até ao intervalo.

Tengstedt, sempre voluntarioso, voltou a denotar diversas lacunas no momento da definição: aos 25 minutos deixou-se antecipar quando tinha tudo para dilatar a vantagem, e aos 36 centrou com demasiada força quando tinha Neres em excelente posição.

Nesta fase, Rafa era a peça em destaque com um golo (no único remate feito), 27 acções com a bola, duas das quais na área contrária, três duelos vencidos, dois perdidos, cinco perdas de bola e registava um GoalPoint Rating de 7.0.

Ao intervalo, os 53.857 espectadores que se deslocaram na noite desta quinta-feira ao Estádio da Luz aplaudiram de pé Sven-Göran Eriksson. No reatamento, as “águias” aumentaram o ritmo de jogo e abriram enormes buracos no terço defensivo contrário. Numa bela triangulação, Neres ofereceu o 2-0 a Di María.

Embalados, os “encarnados” carregaram, mas voltaram a pecar na forma pouco eficaz como definiram os vários lances que tiveram para, praticamente, sentenciarem a eliminatória.

Roger Schmidt, que apostou no “onze” de sempre, viu a equipa começar a perder gás, mas nada fez, o Marselha não se fez de rogado, refrescou algumas peças, subiu as linhas e, numa péssima abordagem de António Silva, viu Aubameyang encurtar as distâncias.

João Mário e Marcos Leonardo entraram em cena aos 71 minutos, mas até ao apito final, o Marselha rondou o empate, ao passo que o Benfica nunca conseguiu ameaçar o reduto gaulês e vai para França com apenas um golo de vantagem, numa eliminatória que está em aberto.

Melhor em Campo

Bela exibição do jovem central argentino Leonardo Balerdi, que justificou o porquê de estar a ser seguido pelo Atlético de Madrid. Foi o patrão da defensiva marselhesa com nove duelos conquistados, cinco perdidos, quatro duelos aéreos defensivos ganhos, sete recuperações de posse, dez perdas e um total de 14 acções defensivas. Por tudo isto, foi o MVP com um GoalPoint Rating de 7.2.

Resumo

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