Emiliano Martínez levou dois amarelos e não foi expulso. Sim, é possível

O guarda-redes argentino do Aston Villa Emiliano Martínez

É possível levar dois amarelos num jogo e não ser expulso? Sim – e o guarda-redes argentino do Aston Villa, Emiliano Martínez, mostrou como.

Os ingleses do Aston Villa continuam a brilhar.

Na Premirer League, seguem em quarto lugar, em posição de apuramento para a Liga dos Campeões.

Na Europa, os comandados de Unai Emery, carimbaram, esta quinta-feira, a passagem às meias-finais da Liga Conferência.

O Villa venceu o Lille de Paulo Fonseca, nas grandes penalidades, depois de ter vencido 2-1 em Inglaterra e perdido com o resultado contrário em França.

É a primeira vez desde 1982 que o clube chega às meias-finais de uma competição europeia – ano em que venceram a Taça dos Campeões Europeus.

Porém, o propósito desta peça não é enaltecer o “Leões”, mas sim explicar a razão pela qual Emiliano Martínez levou dois amarelos e não foi expulso.

O guarda-redes argentino foi admoestado, num primeiro momento, com o cartão amarelo aos 39 minutos de jogos, por estar a perder tempo repetidamente, quando a eliminatória até estava empatada.

Depois de ter sido o protagonista no desempate por grandes penalidades da mítica final do Mundial 2022 entre Argentina e França, que fez sorrir os argentinos; agora, “Dibu” Martínez voltou a sorrir (e a dançar) perante os franceses.

Após defender o penálti de Bentaleb, Martínez dançou de forma provocatória e mandou calar os adeptos do Lille – o que lhe valeu o segundo amarelo.

Esse momento deixou quase todos – jogadores, adeptos, comentadores – confusos, pelo jogador ter continuado em campo.

E escreve-se “quase todos”, porque quem está a par das regras do futebol sabe que, quando o jogo segue para penáltis, os “limpa-se” os cartões – ou seja, os cartões que são vistos no tempo regulamentar e no prolongamento não são transportados para os penáltis.

“As advertências e admoestações impostas a jogadores e membros do corpo técnico durante o encontro não serão consideradas durante o desempate por grandes penalidades”, lê-se nos regulamentos da UEFA, citado pelo jornal A Bola.

“Dibu” Martínez acabaria depois por defender outro penálti – o “decisivo” – selando, assim, a passagem dos “Leões” às meias-finais da Liga Conferência, onde irão defrontar o Olympiakos.

Nem a “Lei Martínez” trava Martínez

Após os episódios no Mundial do Catar, nomeadamente os da final, onde o guardião desestabilizou os jogadores franceses, antes dos penáltis – e troçou deles depois de os defender – o Conselho da Associação Internacional de Futebol (IFAB) fez algumas alterações nas regras futebol.

A Lei 14 — também conhecida como “Lei Martínez” – é relativa à marcação das grandes penalidades e prevê punições para as distrações feitas ao adversário.

Como se lê no documento da IFAB, os guarda-redes “não podem comportar-se de maneira a distrair injustamente o marcador do penálti, por exemplo, atrasando a execução do mesmo ou tocando nos postes, na barra ou nas redes da baliza”.

Mas, nem a “própria lei” consegue travar o intransponível Emiliano Martínez.

Não podendo destabilizar antes, “Dibu” arranja forma de destabilizar depois.

[sc name=”assina” by=”Miguel Esteves, ZAP” url=”” source=”” ]


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