Mesmo especialmente cansadas, brasileiras levaram a melhor sobre a Espanha por 4-2 e estão na final dos Jogos Olímpicos.
O Brasil está de volta à final dos Jogos Olímpicos, no torneio feminino de futebol. Há 16 anos que não atingia este patamar.
Nesta terça-feira as brasileiras derrotaram a campeã mundial Espanha por 4-2. Num jogo que só estava 2-0 aos 70 minutos…
Irene Paredes marcou cedo um autogolo para abrir as contas, Gabi Portilho fez o 2-0 para o Brasil a fechar a primeira parte.
Num segundo tempo “louco”, e tudo depois do minuto 71′, Adriana marcou, Salma Paralluelo reduziu (Alexis Putellas quase fazia o 3-2 logo a seguir), mas Kerolin apontou o 4-1 já nos descontos, pouco antes de Duda Sampaio também marcar na própria baliza e fechar o resultado.
O Brasil, apesar de ser uma eterna potência no futebol, nunca conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos neste torneio. O melhor que conseguiu foi a prata em Atenas 2004 e em Pequim 2008.
Nessas duas finais, perdeu contra os EUA – o mesmo adversário da final em Paris 2024, no próximo sábado. A selecção dos EUA precisou do prolongamento para derrotar a Alemanha por 1-0, na outra meia-final.
Também os EUA tentam voltar ao topo do futebol olímpico: já venceram quatro vezes o torneio feminino, mas o último ouro foi em Londres 2012. Nas duas últimas edições nem chegaram à final.
Brasil cansado
Ainda antes desta meia-final contra a Espanha, houve um dado que se destacou em relação à selecção brasileira: o número de minutos disputados até agora.
Oficialmente as brasileiras tinham disputado quatro jogos mas, na prática, é como se tivessem jogado cinco vezes.
Isto porque, devido aos minutos de compensação em cada jogo, em vez de jogarem 360 minutos (quatro jogos), as brasileiras já tinham jogado 451 minutos. Ou seja, cinco jogos completos e ainda mais um minuto de descontos.
Em quatro jogos, 91 minutos de compensação, Uma média de quase 23 minutos por partida, contabiliza o GloboEsporte.
O recorde foi precisamente no Brasil-Espanha, mas na fase de grupos: 30 minutos de compensação nesse jogo. Mais 19 minutos contra a França, isto só na segunda parte.
E este jogo das meias-finais, novamente contra a Espanha, não serviu para descansar: 17 minutos de descontos só na segunda parte, 22 no total.
Ou seja, em apenas cinco duelos o Brasil já passou por 113 minutos de compensação. É como se tivesse jogado seis vezes e ainda quase um prolongamento completo.
No total, e juntando os torneios feminino e masculino, o futebol nos Jogos Olímpicos já acumulou 770 minutos de descontos, uma média de 15 minutos por duelo. É como se fossem oito jogos e meio a mais.
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