Quem tem o melhor intestino ganha a corrida (não é de fezes que estamos a falar)

O sucesso dos cavalos de corrida pode depender do microbioma intestinal nos primeiros meses de vida. Não se esqueça: Quando fizer apostas na modalidade, consultar primeiro o historial de saúde intestinal dos concorrentes.

Os cavalos de corrida demonstrar ter um melhor desempenho e um menor risco de complicações de saúde se tiverem uma diversidade de bactérias intestinais quando são potros.

Isto sugere que, tal como nos humanos, o microbioma intestinal dos cavalos tem uma janela crítica para o estabelecimento de uma composição bacteriana que parece contribuir para a saúde e aptidão física a longo prazo.

A conclusão é de um estudo publicado recentemente na Scientific Reports.

Christopher Proudman, da Universidade de Surrey, e colegas,

Como explica a New Scientist, durante a investigação foi sequenciado o ADN de amostras fecais de 52 potros puro-sangue em cinco coudelarias.

A equipa de investigação recolheu amostras nove vezes durante o primeiro ano de vida – aos 2, 8, 14 e 28 dias de idade e aos 2, 3, 6, 9 e 12 meses. Com um ano de idade, os animais foram transferidos para 29 centros de treino de corridas diferentes no Reino Unido.

Os investigadores mediram depois  o desempenho atlético dos cavalos aos 2 e 3 anos de idade durante as corridas, incluindo a recolha de dados sobre as posições finais e o total de prémios em dinheiro. Também mantiveram registos da saúde respiratória e ortopédica dos cavalos, bem como dos seus tecidos moles.

Conclusão: os cavalos com maior diversidade bacteriana aos 28 dias de idade obtiveram melhores desempenhos nas corridas.

O segredo está em duas bactérias

Os investigadores identificaram duas famílias de bactérias-chave associadas a uma vantagem competitiva. São elas: Anaeroplasmataceae e Bacillaceae.

Por seu turno, a baixa diversidade bacteriana aos 1, 2 e 9 meses estava ligada a um maior risco de problemas ortopédicos e outras lesões, como distensões musculares ou fraturas.

Além disso, bactérias específicas, abundantes nas primeiras semanas de vida, estavam associadas a um maior risco de doenças respiratórias ou músculo-esqueléticas numa fase posterior da.

Antibióticos também prejudicaram

O estudo revela ainda que os potros que, durante as primeiras semanas foram tratados com antibióticos (que podem afetar o microbioma intestinal) tinham uma diversidade bacteriana significativamente menor ao 28º dia – o que se traduziu numa maior taxa de doenças respiratórias após os 6 meses e desempenhos piores nas competições.

À New Scientist, Simon Daniels, da Royal Agricultural University, admite que tanto os problemas de saúde iniciais como os próprios antibióticos podem ter afetado negativamente a saúde e o desempenho futuros dos cavalos.

“Embora precisemos de mais provas antes de tirar conclusões definitivas, parece que a forma como gerimos os cavalos jovens é particularmente importante para a sua capacidade atlética numa fase posterior da vida”, disse o especialista.

Por isso não se esqueça: Quando apostar me corridas de cavalos, consulte primeiro o historial de saúde intestinal dos concorrentes.

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