“Tem o conjunto de características que um clube a sangrar como o Benfica precisaria”. No papel, tudo encaixa. Terá Rui Costa um “plano Amorim” em marcha?
Aperta-se cada vez mais o cerco a Rui Costa.
Já ferido desde a temporada passada, o Benfica arrancou mal a época, com cinco pontos perdidos em quatro jornadas, e despediu o treinador na 4.ª jornada para fazer a vontade a muitos benfiquistas.
E se os adeptos encarnados gritaram pela saída de Roger Schmidt no empate frente ao Moreirense (1-1), que ditou o fim do alemão no comando técnico do Benfica, também pediram a demissão de Rui Costa, que saiu de rompante da tribuna após o golo da formação de Moreira de Cónegos, a quase 10 minutos do fim do jogo.
Dois dias depois, um fecho de mercado de transferências muito pouco conseguido — com mais duas vendas, dois negócios a cair por terra e um reforço a assinar no aeroporto, à última hora — foi a “montra final” do estado atual do clube da Luz, que ainda está sem treinador.
Mas o ex-camisa ’10’ das águias pode ter uma carta na manga para lançar à mesa num futuro próximo.
Amorim “é o treinador que o Benfica precisa”
Apenas um palpite por enquanto, com eleições presidenciais previstas para outubro de 2025, Rui Costa pode estar a planear investir forte num nome sonante para ajudar à sua campanha e agradar os adeptos.
Com o perfil traçado para o novo treinador (A SAD dos encarnados terá preferência por um treinador português) esse nome pode estar a apenas 4 quilómetros de distância: Rúben Amorim.
Solução afetiva e conhecedor da Luz, o técnico do Sporting é o treinador que o Benfica precisa“, confessa o analista Rui Santos na CNN Portugal. “Os sportinguistas não vão gostar, mas neste momento o treinador certo para o Benfica seria o Rúben Amorim”.
“Tem o conjunto de características que um clube a sangrar como o Benfica precisaria”, diz o comentador: “é muito astuto” em termos táticos, mas também “importante” do ponto de vista da comunicação.
O interesse não é novo. O Benfica esteve interessado em 2019 e depois em 2022 nos serviços do técnico de 39 anos, quando este impressionava no Braga. Nessa altura, o esforço de Frederico Varandas, presidente do Sporting, levou o ex-jogador para Alvalade.
Benfiquista desde pequenino (nunca o escondeu), é prata da casa (representou o Benfica em seis épocas como jogador, entre 2008 e 2015) e foi a primeira contratação de Rui Costa como diretor desportivo dos encarnados.
No papel, tudo encaixa. O maior entrave seria o compromisso que Rúben Amorim mantém com a equipa rival.
Com contrato até 2026 e vencimento de cerca de 2,5 milhões de euros limpos por ano — perto dos 3 milhões que aufere Schmidt —, o Benfica teria de fazer um esforço grande para convencer Amorim.
No entanto, o treinador dos leões nunca se agarrou a unhas e dentes ao Sporting. Apesar de ter ficado e prometido atacar o bicampeonato, chegou a viajar para Inglaterra para assinar pelo Liverpool, pediu desculpa e voltou, possivelmente contrariado, para o comando dos leões.
Além disso, Jorge Jesus já nos habituou a saltos chocantes de uma ponta à outra da 2.ª circular. Seria Amorim capaz de trair o Sporting?
[sc name=”assina” by=”Tomás Guimarães, ZAP” url=”” source=”” ]
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