Luís Filipe Vieira deu uma entrevista à CMTV, onde arrasou Rui Costa. O ex-presidente do Benfica insinuou que, se hoje ainda fosse presidente das águias, Rúben Amorim e Gyökeres talvez estivessem do outro lado da segunda circular.
Luís Filipe Vieira pediu desculpa aos benfiquistas por ter indicado o nome de Rui Costa para lhe suceder na presidência do clube.
Numa entrevista à CMTV, esta quinta-feira, o ex-presidente das águias acusou Rui Costa de falta de liderança e de imaturidade.
“Não vale a pena esconder, toda a gente sabe quem indicou o Rui até chegar a presidente, fui eu (…) Peço desculpa aos benfiquistas porque enganei-me no que aconselhei. Ainda hoje me culpam (…) O Rui Costa não é líder“, aitrou.
Responsabilizando a atual crise do Benfica pela fraca liderança de Rui Costa, Vieira deu o exemplo da alegada falta de maturidade e profissionalismo que se vive nos mais altos cargos do clube: “[O Rui Costa] não pode permitir que o tratem por ‘Rui’, é o presidente do Benfica. Eu tratava os outros por tu, mas os outros chamavam-me ‘presidente’”.
Noutro exemplo, Vieira revelou que Rui Costa trata Rui Pedro Braz (diretor-desportivo) por “mano”: “Não pode dizer: ‘Ó mano, como vão os negócios?’. Houve gente que ouviu isto. É o presidente do Benfica, a maior instituição do país, não é uma creche. Não pode tratar por ‘mano’ aqui ou ‘mano’ ali, nem que o tratem por Rui.”
O antigo presidente do Benfica também considerou normal que Rui Costa tenha ido de férias nesta fase conturbada, uma vez que o antigo jogador nunca aguentou a pressão: “Os momentos que o Benfica viveu são fortes. Ele não aguenta a pressão. Fez bem ir de férias. (…) Conheço-o bem. Toda a gente sabe que eu não ia de férias. Ele não tem a minha pedalada“.
Continuando numa senda de críticas, Luís Filipe Vieira lamentou que a atual direção do Benfica nunca o tenham defendido, depois de o seu nome ter ficado debaixo de fogo na esfera pública, aquando da sua demissão da presidência do Benfica, em 2021. E, nesse momento, chorou.
Vieira disse que ele e a sua família foram perseguidos por casos que ainda hoje estão sob a alçada da justiça: “Destruíram muito a minha família. Destruíram a minha família, filhos, netos… para mim é imperdoável. Há homens que não sabem no lugar onde estão e que não merecem lá estar. Tenho que proteger os meus. Estragaram a vida, perseguiram-nos… sabem o que é um neto chegar da escola e perguntar ‘Avô, tu roubaste o Benfica?’”
Amorim e Gyökeres no Benfica
O ex-presidente do Benfica insinuou que, se ainda fosse presidente das águias, Rúben Amorim e Viktor Gyökeres talvez não estivessem hoje no Sporting, mas sim no Benfica.
“Nunca impus um treinador, se assim fosse, talvez hoje o Rúben Amorim fosse o treinador do Benfica”, disse, num primeiro momento, sobre o atual treinador leonino.
Mais à frente, Vieira referiu-se ao avançado, dizendo que, por ele, tinha ido para o Benfica: “O Gyökeres estava identificado e disseram ‘nem pensar comprar um jogador da 2.ª divisão’. Preferiram comprar o Schjelderup e o Tengstedt. Gastaram 30 milhões de euros nisto, mais caro do que o Gyökeres…”
Vieira disse também que tinha segurado João Neves, esta época, e fez fortes críticas à venda de um “jogador como nunca se viu no Benfica” e que – assegurou – não queria, por nada, sair do Benfica.
“Era um jogador fabuloso, como nunca tinha visto. (…) Aquilo que me contaram foi que lhe ofereceram um ordenado que não chega a nada. Posso assegurar que ele não queria sair do Benfica. Se estivesse a ganhar 2 milhões de euros ou 2,5 milhões de euros mais anos ele ficava”.
Vieira confessou, depois, que o problema era tesouraria, mas que, se fosse isso, “mais valia terem vendido três ou quatro monos que lá andam”.
“Stock da Cunha a presidente”
A um ponto da entrevista Luís Filipe Vieira disse que o Benfica entraria nos eixos com Eduardo Stock da Cunha a presidente.
“Eu e todos os benfiquistas ficaríamos bem se o Stock da Cunha fosse presidente do Benfica no futuro”.
Stock da Cunha é um gestor que, na semana passada, passou a integrar o Conselho de Administração da SAD do Benfica.
Como detalha o jornal A Bola, Stock da Cunha licenciou-se em Economia a Universidade Católica e tirou um Mestrado em Administração de Empresas Universidade Nova.
O gestor criou o Santander Totta Portugal, com António Horta Osório, tendo ocupado aí várias posições diretivas.
Depois, Stock da Cunha foi nomeado como diretor-executivo do Novo Banco, em setembro de 2014 – logo um mês após a constituição do banco.
Como refere o jornal desportivo, o gestor de 61 anos é atualmente administrador independente não executivo do Barclays Bank Ireland, acumulando uma posição semelhante na seguradora Fidelidade.
Stock da Cunha ocupará agora uma posição não-executiva na SAD do Benfica.
[sc name=”assina” by=”Miguel Esteves, ZAP” url=”” source=”” ]
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