Do susto à goleada. No regresso de Bruno Lage, o relógio marcava 23 segundos quando Vinícius abriu a contagem aproveitando um brinde de Otamendi. A resposta benfiquista tardou, mas acabou por não falhar.
O reforço Aktürkoglu empatou, Florentino apontou o golo da remontada, António Silva descansou as hostes e a magia de Di María definiu o “placard” final. Tal como em 2018/19, altura em que Lage estreou-se no comando, as “águias” começaram a perder, mas deram a volta ao texto…
Lage começa com o pé direito
Balde de água gelada. Logo aos 23 segundos, um erro crasso de Otamendi estendeu a passadeira vermelha para o golo madrugador de Vinícius Lopes. Com os nervos em franja, o Benfica tardou em assentar o seu futebol, mas, aos poucos, começou a circular a bola com outra assertividade e velocidade, foi construindo lances de perigo – Pavlidis (19′) e Rolleisher (27′) rondaram o empate – e no espaço de seis minutos carimbou a remontada com os tentos do estreante Kerem Aktürkoğlu e do “veterano” Florentino. No último suspiro, Gabriel Silva atirou aos ferros e o guardião Gabriel Batista impediu o bis a Aktürkoğlu.
No reatamento, as “águias” deram a provar o “veneno” ao adversário e dilataram a vantagem com um golo cedo de António Silva, 11 minutos volvidos Di María pintou a manta com um chapéu após uma assistência primorosa de Bah e, com a passagem dos minutos, a equipa de Vasco Matos nunca conseguiu entrar no jogo. Bruno Lage foi mexendo no xadrez e promoveu as estreias de Amdouni e do “regressado” Schjeldrup, dupla que desperdiçou ocasiões flagrantes, o suíço aos 83′ e o norueguês aos 87′.
O Jogo em 5 Factos
1. Muitos passes falhados na primeira parte, recorde no final
O nervosismo poderá explicar parte, mas não explica tudo. O certo é que os “encarnados” finalizaram a primeira parte com 44 passes falhados, cinco dos quais de risco, em 296 realizados (eficácia de 85%). Já os açorianos tinham 151 passes, 45 falhados (77% de eficácia), entre os quais 21 de risco. Contudo, no final registaram-se 808 passes certos, novo máximo da Liga, o Benfica contribuindo com 500.
2. Recorde quase quebrado
Mais intenso do que em capítulos anteriores, o Benfica finalizou a partida com 28 ações defensivas no meio-campo contrário, ficando a apenas um do recorde da prova até ao momento. O adversário da noite deste sábado somou nove acções.
3. Grande diferença nos Golos esperados (xG)
Em 15 remates, os vice-campeões nacionais desperdiçaram cinco ocasiões flagrantes e obtiveram 2,19 no que diz respeito aos golos esperados. Os xG dos forasteiros foram de 0,72.
4. Assalto à baliza adversária
O ímpeto dos comandados de Lage traduziu-se em diversos itens. Realce para as 31 ações com a bola dentro da área do Santa Clara.
5. Ferros a estremecer
As duas formações realizaram 22 remates, 15 por parte dos anfitriões e sete nasceram dos pés dos ilhéus. A fechar a primeira parte, Gabriel Silva deixou a baliza de Trubin a abanar, no último suspiro do duelo Amdouni desferiu um livre directo que também foi travado pelos ferros.
Melhor em campo
Estreia de sonho para o “Harry Potter” turco Kerem Aktürkoglu. A partida nem estava a correr de feição ao extremo, mas o golo deu-lhe impulso para uma óptima exibição na qual produziu dois remates, um “tiro” certeiro, sete acções com a bola na área contrária (igualando o máximo da noite), cinco duelos conquistados, oito perdidos, dois dribles eficazes em quatro tentados, oito recuperações de bola e 15 perdas da posse. Por tudo isto, foi o MVP com um rating de 7.2.
Resumo
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