A seleção portuguesa de futebol, sem as suas principais figuras e com uma exibição para esquecer, sofreu hoje a primeira derrota da sua história frente a Cabo Verde, ao cair no Estoril, por 2-0.
No primeiro jogo de sempre de Portugal no ‘pequeno’ e ventoso Estádio António Coimbra da Mota, o selecionador Fernando Santos não pôde contar com os jogadores que defrontaram no último domingo a Sérvia (2-1) e acabou por operar um total de sete estreias, um argumento que mesmo assim não explica o baixo rendimento da equipa.
Cabo Verde, 38.º do ranking da FIFA, foi sobretudo mais inteligente e aproveitou a lentidão e o excesso de confiança de alguns jogadores portugueses para resolver a partida na primeira parte. Com alguma sorte à mistura, Odair Fortes fez o primeiro dos ‘tubarões azuis’, aos 37 minutos, e Gege reforçou a vantagem, aos 43.
Sem Ronaldo e companhia, Portugal acabou por ser vítima da sua própria atitude, enquanto Cabo Verde foi sempre mais agressivo na procura da bola e festejou justamente o seu primeiro triunfo sobre Portugal (7.º do ranking), num estádio com muitos adeptos dos ‘tubarões azuis’.
Da seleção portuguesa, ‘salvou-se’ Bernardo Silva, que na estreia acabou por ser o melhor da equipa e poderá ter conquistado um lugar nas opções futuras de Fernando Santos.
Sempre lutador, irrequieto e até com alguns toques de pura classe, o jogador do Mónaco protagonizou a melhor oportunidade de Portugal na primeira parte, mas permitiu a defesa do guarda-redes Vozinha.
Além da lentidão e alguma passividade, Portugal funcionou mal sobretudo a meio campo, com André Gomes e Adrien completamente desacertados, à frente um dupla de centrais demasiado ‘verde’, composta por André Pinto e Paulo Oliveira.
Com jogadores muito rápidos nas alas, Cabo Verde chegou por ai ao golo, com Odair Fortes a passar por Antunes na direita e tirar uma centro/remate que só parou nas malhas da baliza de Anthony Lopes, que na sua estreia ficou ‘mal na figura’.
Pouco depois, aos 43 minutos, a defensiva lusa foi novamente demasiado passiva e permitiu que Gege, à boca da baliza, aumentasse a vantagem, após um livre indireto.
Portugal regressou para segunda parte com Ukra no lugar de João Mário e a seleção nacional até subiu um pouco de produção, tendo ficado perto de marcar, primeiro por Vieirinha e depois do Hugo Almeida, que se mostrou quase sempre ‘perdido’ na frente.
Contudo, a recuperação lusa ficou mais difícil depois de André Pinto ter visto o vermelho direto, aos 60 minutos, num lance em que derrubou Heldon, que seguia isolado para a baliza.
Até final, destaque ainda para as primeiras internacionalizações de Danilo e André André.
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