O Sporting venceu hoje o Nacional por 2-0, em encontro da 31.ª jornada da I Liga de futebol, no qual o Nacional quis mais ganhar, mas perdeu porque Marco Silva meteu Carrillo na segunda parte.
O peruano não ‘partiu a loiça’, mas a qualidade dos seus cruzamentos acabou por marcar a diferença, ao criar o primeiro golo da partida, aos 56 minutos, para Montero finalizar, mas também outros lances de perigo para a baliza de Gottardi.
O contraste foi tão mais evidente quanto é verdade que o Sporting na primeira parte, na qual não criou uma única oportunidade de golo, tão-pouco lances de perigo, não teve alas no ataque, visto que Capel foi ‘inexistente’ e Mané inconsequente.
A entrada de Adrien, para o lugar de Rosell, um dos responsáveis pela falta de dinâmica ofensiva do Sporting nas saídas para o ataque, também teve influência evidente na melhoria do rendimento do Sporting na segunda parte.
Com o internacional luso, o meio campo ‘leonino’ ganhou maior dinâmica e verticalidade, em contraste com o que se passou até ao intervalo, em que o Sporting teve muita posse de bola e escassíssima profundidade no seu jogo.
O Nacional até entrou melhor, a pressionar, a subir as linhas, a defender no meio campo ‘leonino’, mais agressivo e determinado, até porque ainda acalenta aspirações de chegar ao sexto lugar que deverá dar acesso a uma competição europeia, mas a verdade é que lhe faltou sempre alguma contundência e qualidade no último terço do campo para criar oportunidades de golo antes do intervalo.
Valha a verdade que a única que existiu na primeira parte pertenceu ao Nacional, aos 28 minutos, quando Rui Patrício negou o golo a Tiago Rodrigues, ao desviar o remate deste por cima da barra.
Na segunda parte, Marco Silva percebeu que arriscava perder o jogo, socorreu-se de Adrien e Carrillo e passou a ter mais capacidade de mando a meio campo, por um lado, e mais criatividade nas alas e qualidade nos cruzamentos, por outro, o que foi determinante para o Sporting chegar ao golo.
A perder, o Nacional foi forçado a arriscar ainda mais, a meter mais gente nas ações ofensivas e, em consequência, o Sporting passou a ter mais espaços para chegar à área insular em boas condições para finalizar, o que aconteceu nos últimos segundos do período de compensações, novamente por Montero, mas poderia ter surgido bem antes disso, não fora a precipitação na finalização, em particular Mané.
O avançado colombiano alinhou hoje na única posição, como segundo avançado, atrás do ponta de lança, compatível com a sua falta de agressividade, de resto, patente em vários momentos do jogo, o que permitiu disfarçar essa pecha e realçar a qualidade técnica e instinto finalizador que possui.
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