Treze dos 14 arguidos detidos na quinta-feira na investigação que envolve empresas de segurança privada ficaram em prisão preventiva, depois de ouvidos pelo juiz de insrução do processo, informaram advogados dos arguidos à saída do Tribunal Central de Instrução Criminal.
O director-geral da SAD do FC Porto, Antero Henrique, também arguido no âmbito desta operação, não foi ouvido este sábado pelo juiz de instrução.
Além destes 13 arguidos, que ficam em prisão preventiva, Jorge Couto, ex-agente expulso da PSP, saiu em liberdade, mas ficou proibido de contactar com elementos da empresa SPDE, responsável pela segurança no Estádio do Dragão, no Porto, e de usar arma.
Em declarações à Lusa, Carvalho Bessa, advogado dos arguidos Nuno Gonçalves e Daniel Silva, afirmou que neste processo está a “confundir-se a árvore com a floresta”.
“Os meus constituintes já tinham sido condenados há uns anos por estes crimes. Estão a confundir a árvore com a floresta”, adiantou.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, na “Operação Fénix”, a cargo do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, existem suspeitas de associação criminosa, de exercício ilícito da atividade de segurança privada, de detenção de arma proibida, de extorsão agravada, de coação, de ofensas à integridade física qualificada e de favorecimento pessoal.
Além das pessoas detidas na quinta-feira, foram realizadas buscas em diversas áreas do país, designadamente Lisboa, Porto, Amarante, Lamego, Braga, Vila Real, Lousada.
As instalações do FC Porto e a residência do vice-presidente do clube Antero Henrique foram alvo de buscas devido às suas ligações com uma empresa de segurança que presta serviços no FC Porto.
Em comunicado, a PSP indicou ainda que foram apreendidas 40 armas, cerca de 121 mil euros, 10 viaturas e munições de diversos calibres, além de documentação.
ZAP / Lusa
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