O Arouca surpreendeu hoje o Benfica, por 1-0, em partida da segunda jornada da Primeira Liga, decidida com um golo madrugador de Roberto, conseguindo a primeira vitória frente a um dos três ‘grandes’.
Com este desaire, os ‘encarnados’ desperdiçaram a oportunidade de chegar à liderança da Liga, que curiosamente pertence agora ao Arouca, e acabaram mesmo por perder terreno para os rivais FC Porto e Sporting, que empataram nos jogos da véspera.
A equipa da Rui Vitória até só se pode queixar de si própria nesta derrota, porque apesar de encontrar um adversário muito organizado e atrevido, desperdiçou mais de uma dezenas de oportunidades claras de golo.
Os comandos de Lito Vidigal nem poderiam esperar melhor entrada no desafio, inaugurando o marcador logo aos três minutos, num remate pleno de oportunidade de Roberto, após assistência de David Simão, a finalizar um rápido contra-ataque.
A entrada de rompante do Arouca deixou o Benfica atordoado, valendo, pouco depois, aos lisboetas, uma defesa atenta de Júlio César a pôr cobro a novo remate de Roberto.
Só perto dos 15 minutos as ‘águias’ conseguiram estabilizar o seu futebol, para criar as primeiras oportunidades junto à baliza contrária. Primeiro num remate, por cima, de Gaitan e, depois, num tiro de Jonas que Bracali susteve.
Ao crescimento do Benfica, o Arouca respondia, sobretudo, através de bolas paradas, e na sequência de um canto, o ‘inevitável’ Roberto testou, mais uma vez, os reflexos de Júlio César que evitou o 2-0 com os pés.
No entanto, o domínio dos visitantes foi-se avolumando com o avançar do cronómetro, fazendo suceder as situações de golo junto à baliza do Arouca, com Bracali a assumir-se como um dos protagonistas do jogo.
O guarda-redes brasileiro, reforço do Arouca esta temporada, esteve intransponível, travando com defesas de grande nível um par de remates de Pizzi e um outro de Mitroglou, para desespero do técnico Rui Vitória.
E quando não esteve Bracali para evitar o empate dos ‘encarnados’, apareceu Jailson, que, já perto do intervalo, surgiu em cima da linha de golo para de cabeça cortar um remate de Mitroglou, mantendo o 1-0 com que se chegou ao intervalo.
O segundo tempo devolveu um jogo em altas rotações, novamente com um Benfica mais pressionante, mas com um Arouca muito atrevido nas saídas para o contra-ataque, onde Roberto, logo aos 48 minutos, falhou por pouco um desvio para golo.
A resposta do Benfica não tardou, surgindo, primeiro, através um remate do recém-entrado Victor Andrade, e, depois, num outro de Jonas a que Bracali se opôs.
Apesar do jogo se centrar na área do Arouca, na baliza benfiquista Júlio César não era um espetador, respondendo à passagem da hora de jogo com boa defesa a uma solicitação de Nuno Valente.
Apesar de não abrandar na pressão ao adversário, e de alargar a sua frente de ataque com a estreia do reforço Raul Jimenez, o Benfica foi perdendo a clarividência com o aproximar do final.
O Arouca, embora muito recuado, mantinha uma organização notável, pondo, nem sempre de forma ortodoxa, cobro aos esforços benfiquistas, que já nos descontos culminaram com perdida final de Jonas que manteve vantagem do Arouca.
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