O diretor do Departamento de Apoio aos Jogadores do Benfica, José Carriço, foi detido no final de julho por tráfico de droga. No gabinete que ocupava, no estádio, tinha reuniões com cidadãos de nacionalidade colombiana.
O Jornal de Notícias desta quinta-feira avança que a operação ocorreu há mais de um mês, mas passou despercebida.
José Carriço foi detido na A1, quando seguia num automóvel do clube com outro indivíduo, na posse de 9,5 kg de droga. No momento da detenção, a Polícia Judiciária fez buscas no Estádio da Luz e nas instalações do Benfica, detendo um indivíduo referenciado como diretor do Departamento de Apoio aos Jogadores.
A operação ocorreu no final de julho, no culminar de oito meses de investigação da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes que envolveu escutas telefónicas. A investigação recebeu o nome de Porta 18, por ser esta a porta do estádio do Benfica pela qual entravam cidadãos de nacionalidade colombiana para as reuniões marcadas com José Carriço .
Ao JN, o diretor de comunicação do Benfica, João Gabriel, afirmou apenas que se trata de “um problema da justiça com o cidadão José Carriço” que nada tem que ver com o clube.
O Benfica alega que Carriço já não era funcionário nem diretor do Departamento de Apoio aos Jogadores quando foi detido, mas o JN avança que o Ministério Público de Sintra – titular do inquérito criminal – considera que a ligação ao clube é clara.
A PJ emitiu apenas um comunicado, sem identificar suspeitos ou entidade patronal, revelando que tinha sido desmantelado um “grupo organizado dedicado ao tráfico de cocaína” que se dedicava à importação de estupefacientes para Portugal desde a América do Sul, por via aérea. Na nota, a PJ informa que os dois indivíduos que foram detidos, com 54 e 58 anos, foram sujeitos a prisão preventiva por decisão de um juiz de instrução criminal.
ZAP
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