Uma das principais advogadas de casos clínicos desportivos em Inglaterra, Mary O’Rourke, apoiou esta terça-feira Eva Carneiro na polémica com o treinador do Chelsea, José Mourinho, a três dias da comissão médica da FIFA discutir o assunto.
“Gostaria de ver a mensagem espalhada pelo mundo, e acho que a FIFA vai dizer o mesmo na sexta-feira. Eles [equipa médica] não fizeram nada de errado, porque os seus deveres eram tratar o jogador como um paciente e respeitar o árbitro”, admitiu a advogada irlandesa, que ganhou importância no futebol inglês ao estar envolvida em casos médicos importantes.
De acordo com Mary O’Rourke, esta é uma “questão de princípio” e o papel da equipa médica nos clubes é “cuidar dos jogadores” e não estarem atentos “às táticas da equipa”.
O caso remonta ao encontro da primeira jornada do campeonato inglês, que terminou com um empate a duas bolas entre o Chelsea e o Swansea.
Nos minutos finais da partida, Eva Carneiro e o chefe de fisioterapia, Jon Fearn, entraram em campo, autorizados pelo árbitro, para assistirem um jogador belga Eden Hazard, que estava lesionado.
No final do jogo, José Mourinho criticou a entrada em campo da equipa médica e afirmou que Hazard não tinha qualquer problema sério e estava apenas cansado.
A médica, luso-descendente nascida em Gibraltar, chegou mesmo a ser afastada do staff médico, ficando impedida de participar nos treinos e nos jogos da equipa.
Na altura, os médicos da primeira liga inglesa defenderam Eva Carneiro, considerando o seu afastamento como algo totalmente “injusto”.
Há duas semanas, o presidente da comissão médica da FIFA, Michel D’Hooge, manifestou o seu apoio à equipa médica do Chelsea, o que “já seria de esperar”, como disse o responsável.
ZAP / Futebol 365
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