O FC Porto venceu hoje o Paços de Ferreira por 2-1, num jogo da 12.ª jornada da I Liga de futebol em que os ‘dragões’ tiveram de operar a reviravolta do marcador, consumada na segunda parte.
Bruno Moreira, logo aos oito minutos, colocou os ‘castores’ na frente, numa vantagem que acabou anulada com os golos de Corona, ainda na primeira parte, e de Layún, de grande penalidade, já na etapa complementar.
Apesar de não deslumbrar, e de em certos momentos se revelar perdulária, a formação portista acabou, globalmente, por justificar o resultado, porque mesmo com a entrada em falso, conseguiu restabelecer-se e impor a sua superioridade, perante um adversário atrevido mas que não teve estofo para inverter a reação portista.
Os donos do terreno até entraram com garra, dispondo da primeira situação de perigo, com Maicon, que voltou à titularidade na formação ‘azul e branca’ dois meses depois, a cabecear, na sequência de um canto, para defesa por instinto do guardião pacense Marafona.
No entanto, a resposta do Paços de Ferreira foi letal, com Bruno Moreira, aos oito minutos, a gelar a noite amena nas bancadas do Estádio Dragão, inaugurando o marcador, num lance em que a defesa portista não ficou bem.
Também na sequência de um canto, o avançado dos pacenses surgiu isolado na cara de Casillas para apontar o 1-0, após assistência de Ricardo, fazendo com o FC Porto sofresse novamente um golo em casa para o campeonato, 16 jogos depois da derrota frente ao Benfica (2-0), em dezembro de 2014.
O lance destabilizou a formação de Lopetegui, que se explanava de forma incoerente e nervosa no relvado, merecendo os assobios do público, e dando espaços para que os visitantes, mesmo sem a melhor definição, espreitassem o contra-ataque.
Os ‘dragões’ só normalizaram a partir do minuto 20, acentuando, paulatinamente, a pressão sobre o adversário e multiplicando as situações de golo criadas.
Num delas, já perto da meia hora, Jesus Corona restabeleceu alguma tranquilidade entre os adeptos, aproveitando um passe brilhante de Brahimi para escapar à marcação e rematar cruzado para voltar a empatar o desafio.
A igualdade galvanizou os locais que partiram então em busca da reviravolta, com Corona e Martins Indi a obrigarem Marafona a defesas atentas, e Herrera, já em cima do minuto 45, a protagonizar um perdida incrível, rematando por cima quando tinha a baliza totalmente à mercê.
No regresso do descanso, o Paços de Ferreira, que na primeira parte além do golo marcado tinha contado apenas com um remate de Diogo Jota por cima, tentou ‘arrefecer’ o jogo, mas não conseguiu impedir que os ‘dragões’ voltassem a assumir a iniciativa.
Numa dessas investidas, Herrera aproveitou uma perdida de bola de Marco Baixinho, que Marafona não conseguiu afastar, para se isolar e acabar derrubado pelo mesmo Marco Baixinho que ao tentar corrigir o erro cometeu falta para grande penalidade sobre o mexicano.
Na cobrança do castigo máximo, o primeiro que o FC Porto dispôs esta temporada, Miguel Layún bateu sem hipótese para o guardião do Paços, confirmando a reviravolta no marcador.
Na frente do marcador, e tendo já em vista a decisiva partida de quarta-feira para a Liga dos Campeões, em Londres, frente a Chelsea, os ‘azuis e brancos’ foram abrandando o ritmo.
Nas poucas situações de golo que ainda criaram, os ‘dragões’ viram o guarda-redes contrário, Marafona, surgir em excelente plano ao defender duas iniciativas de Aboubakar e de Tello.
O Paços de Ferreira não se deu por vencido, ainda tentou recuperar a igualdade, mas apesar de mexido, não teve argumentos para levar suficiente perigo à baliza de Casillas.
O FC Porto isolou-se provisoriamente na liderança da I Liga, com 30 pontos, pressionando o Sporting, agora segundo com 29, na visita de hoje ao Marítimo.
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