Quando parecia que tudo estava firmado entre o clube leonino e a W52, o FC Porto entrou sorrateiro nas negociações e levou a melhor. Sporting justifica desistência por motivos relacionados com doping.
Depois de na quinta-feira ter sido dada como certa a parceria entre a W52 e o Sporting, o FC Porto anunciou este domingo que também vai voltar ao ciclismo… com a W52.
Ainda não são conhecidos os motivos que levaram à desistência do clube leonino, certo é que os dragões, juntamente com o Porto Canal, levaram a melhor na corrida pela equipa que venceu as três últimas edições da Volta a Portugal.
“Estou imensamente esperançado que a nova equipa que agora nasce vai ter sucesso. Foi a pensar em todos os portistas que sempre me perguntavam quando íamos ter ciclismo, na sua vontade e no que o ciclismo representa como propaganda do clube que fizemos este acordo válido por cinco anos”, afirmou Pinto da Costa em declarações ao Porto Canal, citado pelo Jornal de Notícias.
“Naturalmente, estou feliz pela colaboração com a W52, que tem sido um grande suporte do ciclismo nacional. Numa conjugação de esforços com o senhor Adriano Quintanilha e com o Nuno Ribeiro, o diretor desportivo, conseguimos entre os três um entendimento perfeito e rápido, mas com os pés bem assentes no chão”, prosseguiu.
Já o clube leonino garante ter ficado satisfeito com o desfecho das negociações, depois de a equipa não ter esclarecido dúvidas quanto a “procedimentos relacionados com análise e controlo antidoping“.
“O Sporting não foi enganado, mas, se não tivéssemos sido prudentes, poderíamos ter sido enganados ou eventualmente estar envolvidos num problema que mais tarde se poderia revelar ruinoso”, disse à agência Lusa, citado pelo mesmo jornal, Vicente Moura, o vice-presidente para as modalidades do clube.
O dirigente garante que, algumas horas depois de o processo estar quase concluído, começou a receber telefonemas de alerta porque a equipa em questão “tinha tido problemas, que havia outras coisas”.
“Eu fiz aquilo que qualquer pessoa responsável faria: avisei o presidente e ele, prudentemente, disse-me: então vamos suspender isto. Deu ordem, não só para suspender, mas para passar o assunto para os nossos assessores jurídicos. Sei que os esclarecimentos que pediram não chegaram”, conta.
“Hoje vou dormir tranquilo, porque por um lado este acordo soçobrou e por outra ficou demonstrado que estas pessoas não são pessoas em quem possamos confiar“, confessou.
O FC Porto regressa assim ao ciclismo, 31 anos depois de ter integrado o pelotão pela última vez, enquanto que o Sporting se mantém em stand by, numa luta que o vice-presidente diz que “para já não acabou”.
Em declarações à TSF, Vicente Moura assegura que o objetivo de devolver a modalidade a todos os adeptos se mantém e que já está em contacto com outras equipas interessadas.
“Telefonaram-me responsáveis de quatro equipas que andam na Volta a Portugal. São equipas que não têm ‘sponsors’”, confirmou o vice-presidente.
ZAP
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