A multinacional chinesa Ledman vai patrocinar o futebol português da II Liga na próxima época, num acordo que prevê a integração de dez jogadores chineses nos dez clubes melhor classificados.
A medida faz lembrar a previsão de Paulo Futre de que vai vir charters de chineses, e está a gerar polémica.
O acordo de patrocínio entre a Ledman e a Liga Portuguesa foi divulgado pela própria empresa chinesa, especializada no fabrico de painéis publicitários de alta resolução.
A Ledman anunciou ao mundo, no seu site, o entendimento que prevê que a II Liga passe a partir da próxima época a chamar-se Ledman LigaPro, e que determina ainda que serão “enviados 10 jogadores para jogarem nos 10 clubes de topo”.
Segundo o comunicado inicial da multinacional chinesa, a Liga Portuguesa teria de “garantir a taxa de utilização” dos jogadores.
A nota sobre a “taxa de utilização” foi retirada, depois de a polémica ter estalado, e, à hora desta edição, não é de todo possível aceder ao site da multinacional chinesa, que se encontra offline.
O presidente da Liga Portuguesa de Futebol, Pedro Proença, coloca água na fervura, frisando que a integração dos jogadores chineses é “uma possibilidade remota”, cita o Diário Económico.
Contudo, o Correio da Manhã confirmou junto de “fonte oficial da Liga de Clubes” que o negócio prevê a integração de jogadores chineses, embora não esteja ainda “definido o modelo dessa incorporação”.
E a assessoria de imprensa da Liga de Clubes também garantiu à TSF que o comunicado divulgado pela Ledman “está correcto”.
“Este caso reflecte que o futebol português pode ter batido no fundo“, afirma entretanto o comentador de futebol Luís Freitas Lobo durante a sua participação no “Jogo Falado” da TSF.
Freitas Lobo chega a pedir a intervenção do governo para travar esta possível obrigatoriedade dos clubes em contratarem atletas chineses.
No entanto, a Liga Portuguesa prefere reforçar o “trabalho de valorização da II Liga”, prometendo divulgar “em tempo oportuno” os detalhes da parceria com a Ledman.
“Este era um dos grandes desideratos da nossa direcção – internacionalizar a Liga Portuguesa. Estamos a fazê-lo e a cumprir no fundo mais uma medida”, diz Proença, citado pelo Diário Económico.
SV, ZAP
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