O Benfica venceu tranquilamente o Marítimo por 3-0 no Estádio da Luz e colocou pressão no FC Porto, que joga este sábado no terreno do Sp. Braga.
Os “encarnados” realizaram uma bela exibição, em especial na primeira parte, altura em que foram marcados todos os golos da partida. Jonas, com um recorde batido e dois golos, foi a grande figura da partida, mas não foi preciso muito para o Benfica se superiorizar, dada a fraca prestação ofensiva dos insulares.
O Jogo explicado em Números
- Primeiros momentos de muita bola para o Benfica, mas praticamente zero em termos de produção ofensiva. Aos dez minutos as “águias” somavam 76% de posse, mas não se registava qualquer remate na partida – o primeiro surgiu aos 14 minutos, por Pizzi, para fora.
- Jogo de sentido único até aos 25 minutos, com o Benfica a dispor de 81% de posse, quatro remates, três enquadrados e com o jogo a decorrer cerca de 55% do tempo no meio-campo e 31% no último terço ofensivo dos “encarnados”. A faixa direita, de Salvio e Nélson Semedo, era a mais usada (48% das vezes).
- Aos 31 minutos o guarda-redes do Marítimo, Charles, efectuou a sua sexta defesa, igualando o recorde de defesas numa primeira parte, numa altura em que Jonas era o mais rematador e com mais pontaria (a totalidade das suas quatro tentativas foram enquadradas). O Benfica, porém, registava sete disparos (insulares só um), mas seis de fora da área, demonstrativo da forma fechada como jogava o Marítimo.
- Até que tudo mudou em apenas minuto e meio. Aos 34, Luís Martins tentou interceptar um passe de Rafa e colocou a bola no fundo da sua própria baliza. E aos 36, Pizzi assistiu Jonas para o 2-0. Foi o quinto disparo enquadrado do brasileiro em outras tantas tentativas.
- Em cima do intervalo, Jonas coroou uma exibição em cheio com o 3-0, à segunda tentativa.
Boa exibição do Benfica ao intervalo perante um Marítimo completamente encostado à sua grande área – como mostram os sete remates do Benfica de fora da área, em 12, e os 79% de posse de bola dos homens da casa.
Mas mais do que os números colectivos importa destacar os de um só homem. Jonas fez um bis na primeira parte, mas alcançou-o em grande estilo.
Em apenas 45 minutos o brasileiro bateu o recorde de remates enquadrados de qualquer jogador… em 90 minutos. O máximo pertencia a Bas Dost, Maurídes e Diogo Jota, com seis, mas Jonas fez sete à baliza em sete tentativas, quatro de fora da área (outro recorde da Liga 16/17)! O GoalPoint Rating de 9.4 assentava-lhe que nem uma luva.
- Jogo mais pausado no reatamento, mas mais do mesmo em termos de tendência. Nos primeiros 15 minutos da segunda parte os “encarnados” controlavam a partida, mas agora “apenas” com 55% de posse de bola, bem como dois remates, desenquadrados. E aos 61 minutos, o homem da partida, Jonas, teve de ser substituído por Zivkovic, devido a problemas físicos.
- O jogo dava para Rui Vitória gerir e, aos 69 minutos, tirou Pizzi para lançar Filipe Augusto. Nesta fase os da casa somavam ainda 55% de posse, cinco remates na primeira parte, mas apenas um enquadrado – o Marítimo registava dois desde o descanso, nenhum à baliza, algo que conseguiu apenas aos 73 minutos.
- O Marítimo, ainda assim, esteve muito melhor no segundo tempo. Para além de ter mais bola (44% aos 80 minutos, referente à segunda parte), registou também três disparos no segundo tempo, contra um no primeiro, mas apenas um enquadrado. Subiu também de 58% de passes certos na etapa inicial para 77% nesta fase.
O Homem do Jogo
Jonas saiu aos 61 minutos, tocado, mas a distinção de melhor em campo já a tinha no bolso desde o final da primeira parte. O brasileiro regressou às grandes exibições, com dois golos em sete remates, todos eles enquadrados, batendo o recorde deste detalhe na Liga NOS em apenas 45 minutos.
E desses disparos, quatro foram de fora da área, o que torna o feito ainda mais assinalável. Depois disto, não havia forma de o desalojar do primeiro lugar no GoalPoint Rating, o qual terminou com 9.2.
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Jogadores em foco
- Rafa Silva 6.3 – Grande jogo do pequeno atacante. O seu rating não reflecte na totalidade tudo o que fez em campo, pois não registou qualquer golo ou assistência, mas esteve na origem do 1-0, fez quatro passes para finalização, o máximo da partida, e teve sucesso em quatro das cinco tentativas de drible.
- Pizzi 7.1 – O segundo melhor em campo. O médio saiu aos 69 minutos, para o merecido descanso, mas foi para casa com dois remates (desenquadrados), uma assistência, dois passes para finalização, 92% de passes certos e o máximo de toques na bola: 96.
- Charles 7.0 – Responsável, provavelmente, por o resultado não ser mais volumoso. O guarda-redes do Marítimo igualou, em 31 minutos, o recorde de defesas em qualquer primeira parte da Liga NOS (6), e terminou com oito, três delas a remates dentro da sua grande área.
- Salvio 6.0 – Está a ser difícil adjectivar as exibições de Salvio. Alterna o muito bom com o muito mau, está com falta de confiança, não marca golos e neste jogo registou três remates, só um à baliza, e perdeu a bola 23 vezes. Por outro lado teve sucesso em quatro de seis tentativas de drible e registou dois desarmes e duas intercepções.
- Grimaldo 6.9 – Parece querer regressar rapidamente à melhor forma. Foi o terceiro melhor do Benfica, com um remate, quatro passes para finalização (três de bola parada, é certo), acertou três de seis tentativas de drible e esteve muito interventivo, com 86 interacções com a bola.
Resumo
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