V. Setúbal vs Sporting | “Leões” conquistam o Sado

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O Sporting mantém a distância de oito pontos para o líder Benfica, após vencer o Vitória de Setúbal por 3-0, no Bonfim.

Numa partida em que só foi inferior durante os primeiros dez minutos, os “leões” voltaram a vencer por números gordos e sem sofrer qualquer golo, resistindo ao “feitiço” do Sado, onde Benfica e FC Porto já haviam caído.

O Jogo explicado em Números

  • Início de partida bastante atrevido por parte do Vitória de Setúbal, que aos dez minutos somava três remates (embora nenhum deles tivesses sido à baliza) e dois pontapés de canto a seu favor. Os sadinos dominavam ainda no capítulo da eficácia de passe (71%-69%).
  • No entanto, a entrada sadina foi apenas fogo de vista: o Sporting acabaria por chegar à vantagem aos 20 minutos, por Gelson Martins, numa altura em que já levava clara vantagem na posse de bola (61%). Na génese do golo esteve um erro colossal de Fábio Cardoso, a deixar-se antecipar por Gelson quando aparentemente tinha a bola à sua mercê.
  • As coisas pareciam correr de feição ao Sporting, mas a equipa leonina sofreu um contratempo aos 32 minutos, com o cartão amarelo mostrado a Zeegelaar, que irá assim falhar o dérbi da próxima semana, frente ao Benfica.
  • A primeira parte chegou ao fim com as duas equipas empatadas no número de remates, quatro, embora o Sporting tenha sido a única equipa a conseguir alvejar a baliza contrária, e logo por duas vezes. Os “leões” também foram superiores na posse (56%-44%) e eficácia de passe (78%-71%). Gelson Martins liderava os GoalPoint Ratings, com 6.8, somando ao golo um passe para ocasião e quatro recuperações de posse. Nene Bonilha 5.4 era o melhor dos sadinos, com três desarmes, quatro recuperações de bola e um cruzamento eficaz.
  • O segundo tempo arrancou com duas ocasiões de grande perigo para o Sporting logo nos primeiros dez minutos. Na primeira, Bas Dost rematou por cima após um cruzamento com grande precisão por parte de Bruno César. Na segunda, Schelotto obrigou Bruno Varela a uma defesa por instinto, com as pernas. Cheirava a novo golo no Bonfim.
  • O 2-0 acabaria por acontecer na sequência de um pontapé de canto, com William Carvalho a saltar mais alto do que a defesa sadina e a cabecear para o fundo da baliza. Segundo golo no campeonato para o médio português (ambos frente ao Vitória) e quarta assistência para Bruno César (em grande momento, há duas jornadas tinha apenas uma), o homem que bateu o canto.
  • O terceiro golo da noite surgiu pouco depois da hora de jogo, pelo inevitável Bas Dost, a aproveitar um excelente cruzamento de trivela de Alan Ruiz, fazendo valer as palavras de Jorge Jesus, que havia descrito a sua dupla de avançados como a melhor do campeonato.

  • À entrada para os derradeiros 20 minutos, era Bruno César quem dava nas vistas, com três passes para finalização, embora a sua eficácia de passe até deixasse algo a desejar (69%). Alan Ruiz destacava-se pelo número de duelos protagonizados, 16, embora a sua agressividade também resultasse na liderança em termos de faltas cometidas.
  • Embora tenha encaixado dois golos no segundo tempo, o Vitória esteve melhor do que nos primeiros 45 minutos. Fez três remates enquadrados, tantos quanto o Sporting, acertou 76% dos seus passes e venceu 48% dos duelos que disputou.

O Homem do Jogo

William Carvalho sai do Bonfim com o prémio de melhor do jogo graças a uma exibição de encher o olho, tanto a atacar como a defender. Para além do já mencionado golo, que deu a tranquilidade ao Sporting, William Carvalho fez um passe para finalização, acertou 56 dos 59 passes que fez, venceu seis dos oito duelos que disputou e recuperou a bola seis vezes. Tudo somado, o camisola 14 verde-e-branco conseguiu um GoalPoint Ratings, de 6.9.

Jogadores em foco

  • Bas Dost 6.8 – Ficou-se apenas por um golo uma vez que falhou uma ocasião flagrante, algo raro nele. Venceu sete dos oito duelos pelo ar que disputou e ainda fez um passe para finalização.
  • Schelotto 6.1 – Contabilizou oito acções defensivas, um remate enquadrado e um passe para finalização. Cinco dos seus seis dribles foram eficazes.
  • Nuno Santos 5.4 – Esteve apenas 28 minutos em campo, tempo suficiente para ser o melhor da sua equipa. Fez um remate enquadrado e apenas falhou um dos 16 passes de que foi autor.
  • Adrien 5.3 – Na noite de regresso à titularidade, o capitão leonino esteve bastante discreto. Acertou apenas 70% dos passes que fez e o seu único remate foi desenquadrado com a baliza. Deu nas vistas pelo número de desarmes efectuados (seis).
  • Fábio Cardoso 3.5 – Esteve na origem do primeiro golo do Sporting com um clamoroso erro. Pela positiva, fez um remate enquadrado e quatro alívios.

Resumo

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