O advogado do suspeito de ter atropelado mortalmente um adepto italiano com ligações à Juve Leo, no sábado passado, diz que o cliente “nunca matou ninguém” e que estava, na verdade, a fugir da claque leonina.
À saída das instalações da Polícia Judiciária, em Lisboa, onde, esta quinta-feira, o suspeito do atropelamento mortal, Luís Miguel Pina, se decidiu entregar, o advogado do adepto benfiquista aproveitou para falar aos jornalistas.
“O meu cliente nunca matou ninguém”, afirmou o advogado Carlos Melo Alves, citado pelo Diário de Notícias, acrescentando que tudo não passou de “um acidente”.
Segundo o advogado, em declarações ao Público, o seu cliente “vinha embora do estádio quando foi obrigado a parar, porque adeptos da Juve Leo lhe atingiam o carro com pontapés e barras de ferro. A viatura ficou toda amolgada”.
“Teve de fugir e, na fuga, aconteceu o acidente“, declarou ainda ao jornal.
Recorde-se que Marco Ficini, um italiano de 41 anos, morreu, na madrugada de sábado passado, na sequência de um atropelamento e fuga junto ao Estádio da Luz, de acordo com a Polícia de Segurança Pública (PSP), que foi chamada ao local depois de alertada para a existência de confrontos naquela noite.
O Correio da Manhã avançou que as imagens de videovigilância cedidas pelo Benfica e as registadas pelos telemóveis de várias testemunhas que vivem nas imediações do estádio revelaram que a viatura não só acelerou em direção ao italiano como continuou em marcha depois do embate, arrastando a vítima cerca de 30 metros.
Segundo o Público, o membro da claque benfiquista No Name Boys tem 36 anos, quatro filhos e já tem cadastro por ofensas corporais, embora nunca tenha estado preso.
O carro usado no atropelamento estava na Amadora, escondido numa garagem de um amigo que também pertence à claque. Foi aí que a PJ encontrou o veículo, chegando ao nome da proprietária, que será a ex-mulher do suspeito, e que o indicou a ele como condutor habitual do carro.
Luís Miguel Pina foi detido e indiciado por homicídio simples, disse à Lusa fonte da PJ. Irá ser ouvido hoje, a partir das 14h00, em primeiro interrogatório judicial, por um juiz de instrução criminal.
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