Chaves vs FC Porto | “Dragão” volta a sorrir

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O FC Porto mantém a perseguição ao líder Benfica ao vencer o Chaves por 2-0, voltando aos triunfos após dois empates consecutivos.

A primeira parte terminou sem golos mas com os portistas quase sempre por cima, e no segundo tempo os “dragões” souberam ter o engenho necessário para bater o guarda-redes António Filipe, com Soares e André André a marcarem os golos da noite.

O Jogo explicado em Números

  • Início lento da partida, sem um único remate enquadrado nos primeiros 15 minutos, apesar de as duas equipas terem tentado a sua sorte por duas vezes. Os “dragões” mostravam mais ambição, com 58% de posse de bola.
  • À entrada para a meia-hora de jogo, o FC Porto continuava sem fazer qualquer remate à baliza do Chaves, o que não o impedia, no entanto, de ter mais bola (66% posse) e de tratá-la melhor (85% eficácia de passe contra apenas 67% do adversário). A pouca disponibilidade ofensiva dos flavienses era visível pelo facto de o guarda-redes António Filipe ser o jogador da casa com mais passes efectuados, 17.
  • E foi então que, no espaço de apenas dois minutos, António Filipe teve de aplicar-se duas vezes para segurar o nulo. Primeiro, travou uma verdadeira “bomba” de Soares; depois, segurou um livre de Rúben Neves com uma defesa apertada junto ao solo. Ainda antes do descanso, o guarda-redes do Chaves voltaria a negar o golo ao camisola “6” portista com nova defesa apertada, terminando a primeira parte com três intervenções.
  • O FC Porto terminava a primeira parte liderando vários indicadores: 3-1 em remates enquadrados e em pontapés de canto, 62%-38% em posse de bola e 82-67% em eficácia de passe. Rúben Neves surgia na liderança dos GoalPoint Ratings, com 6.2, depois de uma primeira parte em que fez dois disparos à baliza, acertou 37 dos 42 passes que executou e recuperou a bola sete vezes. Logo atrás aparecia Bressan 6.1, com um passe para finalização, um cruzamento eficaz, 11 duelos disputados e nove acções defensivas.
  • A segunda parte arrancou com o golo de Soares, aos 52 minutos, numa recarga após um remate de André André que António Filipe não foi capaz de segurar. Décimo nono golo no campeonato do avançado brasileiro, a marcar no segundo remate feito nesta partida.

  • A reacção do Chaves ao golo sofrido foi bastante tímida: cumpridos 20 minutos desde o reatamento da partida, a equipa da casa ainda não tinha feito nenhum remate à baliza e tinha apenas 26% de posse de bola e 20% de duelos ganhos.
  • Aos 72 minutos, os “dragões” ampliaram a sua vantagem, desta vez por intermédio de André André, a rematar para fora do alcance de António Filipe depois de um excelente passe de Otávio, que justificava (e de que maneira) a aposta de Nuno Espírito Santo.
  • Antes do final da partida, o FC Porto viu-se reduzido a dez unidades, fruto do cartão vermelho directo mostrado a Maxi Pereira por falta sobre Davidson. Terceira expulsão da época para o lateral uruguaio, a segunda no campeonato.
  • O Chaves chegou ao final da segunda parte com sete remates, nenhum deles enquadrado. O único disparo dos flavienses à baliza aconteceu mesmo aos 22 minutos, num cabeceamento fraco de Fábio Martins a que Casillas respondeu sem dificuldades.

O Homem do Jogo

Noite de grande nível do médio André André, coroada com um importante golo, que deu algum descanso aos jogadores “azuis-e-brancos”. Para além do disparo certeiro, que surgiu num dos três remates que fez, o camisola 20 portista somou um passe para ocasião (e uma assistência “indirecta”, para o golo de Soares), foi eficaz no único drible que realizou, acertou 46 dos seus 52 passes e venceu quatro dos seis duelos que disputou. Tudo somado, o jogador português regressa à Invicta com um GoalPoint Rating de 7.7.

Jogadores em foco

  • Otávio 7.4 – No regresso à titularidade, o médio brasileiro deixou excelentes indicações. Somou três passes para finalização, um deles resultante em golo, três dribles eficazes, 12 duelos ganhos e sete faltas sofridas.
  • Rúben Neves 6.7 – Fez de Danilo Pereira e não se deu mal, com dez recuperações de bola e seis acções defensivas. Foi ainda o portista com mais passes (72), acertando 63 deles.
  • Bressan 6.3 – Foi a única luz no meio de uma exibição colectiva bastante sombria. Somou um passe para finalização, um cruzamento eficaz, sete desarmes e 11 recuperações de bola.
  • António Filipe 6.3 – Sofreu dois golos mas impediu a derrota de ganhar contornos ainda mais pesados, contabilizando sete defesas ao todo, seis delas a remates de fora da área.
  • Maxi Pereira 5.1 – Até à expulsão, pouco antes do apito final, levava um remate enquadrado, quatro cruzamentos (nenhum deles eficaz), seis entradas na área adversária e quatro intercepções. Foi, a par de Otávio, o portista que mais faltas cometeu (quatro).

Resumo

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