Em vésperas de receber o Benfica no Estádio do Dragão, o FC Porto perdeu dois pontos na deslocação ao terreno do Desportivo das Aves, ao empatar 1-1.
Os “dragões” marcaram cedo, mas notaram-se os efeitos do esforço realizado a meio da semana, frente ao Besiktas, pelo que esta foi uma equipa de Sérgio Conceição menos consistente nos vários momentos do jogo, inclusive em termos físicos.
O Aves aproveitou para rematar muito – 15 vezes, o máximo que o Porto permitiu esta temporada -, e nem a expulsão de Jesús Corona aos 52 minutos explica algum ascendente dos locais. É que a equipa de Lito Vidigal já tinha praticamente o dobro dos disparos do Porto aquando do cartão vermelho.
O Jogo explicado em Números
- Bom arranque de partida de parte a parte, com o Aves a estar perto de marcar por Salvador Agra aos quatro minutos, mas a bola saiu rente ao poste direito da baliza de José Sá. Respondeu o FC Porto com mais eficácia, aos seis. Tiquinho Soares, que regressou de lesão e entrou de imediato na equipa, serviu Ricardo Pereira na área e este fez o 1-0.
- Domínio total do Porto nos primeiros dez minutos. Para além do golo, o “dragão” registava uma posse de bola de 73% e dois remates, um deles enquadrados.
- Os homens da casa reagiram e, pelos 20 minutos, registavam já 37% de posse e seis remates, mais três que os “dragões, porém, o mesmo número de enquadrados, um. O Aves tinha, no entanto, dificuldades para entrar na grande área dos portistas, uma vez que três dos seus disparos aconteceram de fora da mesma.
- Por volta da meia-hora, o Aves tinha seis passes para finalização (dois de Paulo Machado) e o Porto quatro (dois de Herrera), sintoma de que os comandados de Lito Vidigal chegavam com perigo ao último terço.
- O Porto tinha nove remates consentidos por volta dos 40 minutos, perante um Aves determinado em chegar ao empate. No entanto, os homens da casa apenas enquadraram dois e Salvador Agra já havia desperdiçado uma ocasião flagrante, com mérito para José Sá.
Vantagem lisonjeira para o Porto na primeira parte. Os “dragões” aproveitaram bem a única ocasião flagrante de golo de que dispuseram, ao contrário do Desportivo das Aves, que fez nove remates, apenas dois enquadrados e desperdiçou uma oportunidade clara de golo.
Os “azuis-e-brancos” dominavam em termos territoriais, com 64% de posse de bola e 85% de eficácia de passe. O melhor em campo chegado o descanso era Ricardo Pereira, com um Goalpoint Rating de 6.8. O lateral marcou o único golo e ainda registou cinco desarmes e duas intercepções.
- Aos 52 minutos o Porto viu-se em inferioridade numérica, por segundo amarelo, e consequente vermelho, mostrado a Jesús Corona. A tendência de remate da primeira parte acentuou-se e, à passagem da hora de jogo, o Aves registava já três disparos, todos sem a melhor direcção, contra uma tentativa portista.
- A pressão do Aves era uma realidade e, aos 63 minutos, os homens da casa chegaram ao empate. Amilton centrou da esquerda e Vítor Gomes, de cabeça, desviou para o fundo das redes. Um golo que era o corolário do domínio do Aves na segunda parte, pois nesta altura os anfitriões registava 62% de posse e já quatro remates no segundo tempo.
- Resposta imediata do Porto que, aos 67 minutos, viu Aboubakar isolar-se e atirar por cima quando tinha tudo para facturar. Aliás, o Aves baixou a guarda a seguir ao golo que marcou e, desde então, consentiu três remates dos “dragões” entre o minuto 63 e o minuto 70.
- Mesmo reduzido a dez elementos, os comandados de Sérgio Conceição partiram para cima do Aves. Por volta dos 85 minutos os “dragões” já haviam recuperado alguma posse de bola, registando 41% nesta altura, referente apenas à segunda parte, e rematado sete vezes em 22 minutos. Porém, sem enquadrar qualquer tentativa desde o descanso – aliás, apenas por uma vez o conseguiu, e foi na primeira parte.
- A resistência do Aves, contudo, manteve-se até final, mesmo encostando toda a equipa na sua retaguarda. O Porto tentou, mas sempre sem a clarividência necessária, algo reflectido no único remate enquadrado em 16 tentativas.
O Homem do Jogo
Após uma exibição menos conseguida no empate 1-1 frente ao Besiktas, a meio da semana, Ricardo Pereira regressou à lateral-direita, e em boa hora para o Porto. O jogador português marcou o golo dos “dragões”, bem cedo, e foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.1. Ricardo não só facturou como esteve muito activo também a defender. Terminou com cinco desarmes e quatro intercepções e ganhou sete dos 13 duelos individuais que disputou.
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Jogadores em foco
- Amilton 6.6 – Estamos habituados a falar de Brahimi pelas muitas tentativas de drible, mas neste jogo, quem tentou o gesto mais vezes foi Amilton, em seis ocasiões. Teve sucesso em duas apenas, mas para a história ficam também a assistência para o golo do Aves, em quatro passes para finalização, e os 14 duelos ganhos em 21.
- Danilo Pereira 6.4 – O “trinco” tentou empurrar o Porto para a frente, e chegou mesmo a fazer dois remates (nenhum enquadrado), a criar uma ocasião flagrante e a realizar três tentativas de drible (duas com sucesso). A defender registou quatro intercepções e sete recuperações de posse.
- Herrera 6.3 – O mexicano esteve em plano positivo, como tem estado, aliás, ao longo da época. Tal como os colegas de equipa esteve desinspirado no remate (três realizados, nenhum com boa direcção), mas registou cinco passes para finalização, o máximo da partida, e terminou com 88% de eficácia de passe.
- Brahimi 6.1 – O argelino esteve uns furos abaixo do habitual, mas ainda assim registou alguns números interessantes. Três remates (desenquadrados), um passe para finalização, três dribles conseguidos em quatro tentativas e oito recuperações de bola. Somou seis maus controlos de bola, algo pouco habitual no extremo.
- Salvador Agra 3.8 – O pequeno atacante foi uma dor de cabeça para o Porto, pela velocidade e mobilidade, mas definiu quase sempre mal as suas jogadas, sendo o pior em campo. Rematou três vezes, sem direcção, desperdiçou uma ocasião flagrante e não fez qualquer passe para finalização.
Resumo
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