Braga vs Benfica | Voo picado da águia na Pedreira

O Benfica abriu a segunda volta da Liga NOS com um triunfo importante, por 3-1, no terreno do SC Braga.

Após uma primeira parte de sentido único a favor dos visitantes, mas apenas com uma vantagem mínima, os “arsenalistas” surgiram mais afoitos após o reatamento, acabando, no entanto, por sofrer um segundo golo.

Quando se pensava que o jogo estava decidido, um cabeceamento de Paulinho deixou tudo em aberto até ao final, altura em que Raúl Jiménez desfez todas as dúvidas.

O Jogo explicado em Números

  • Início de partida emocionante, com oportunidades de parte a parte. O Benfica acabou por chegar ao golo aos 11 minutos, no seu terceiro remate (segundo à baliza), por intermédio de Salvio, após um soberbo passe de Franco Cervi, que colocou a bola entre dois defesas bracarenses. O golo surgiu numa altura em que pouco separava as duas equipas, com 51%-49% de posse de bola a favorecer as “águias” e 86% de eficácia de passe para ambos os lados.
  • Aos 25 minutos já quatro jogadores do Benfica somavam passes para finalização. Eram eles Grimaldo, Pizzi, Fejsa e Cervi. Do lado do Braga, apenas Fábio Martins tinha criado uma ocasião de remate.
  • Três jogadores chegaram à meia-hora de jogo com 100% de eficácia de passe: Krovinovic (25 passes, 18 deles no meio-campo adversário), Fejsa (19-8) e também Ricardo Horta (4-2). O Benfica carregava no acelerador, somando já cinco disparos, quatro deles à baliza, enquanto o Sp. Braga continuava sem rematar desde o minuto 12.
  • À entrada para os últimos cinco minutos da primeira parte, o avançado Paulinho continuava sem ter um único toque na bola na área contrária, o que espelhava as dificuldades sentidas pela formação da casa para chegar junto da baliza de Bruno Varela. A exibição do camisola 20 “arsenalista” era até então bastante discreta: nenhum remate ou duelo ganho e apenas nove passes.

Primeira parte de domínio absoluto do Benfica, que conseguiu traduzir a sua superioridade num golo, não deixando o adversário rematar durante mais de 30 minutos.

O autor do remate certeiro, Salvio, surgia na liderança dos GoalPoint Ratings no regresso aos balneários 6.3, ele que, a juntar ao golo, tinha quatro tentativas de drible (uma eficaz), quatro duelos ganhos, duas faltas sofridas e apenas dois passes falhados em 23 entregas.

Do lado do SC Braga, o destaque ia para Matheus 6.0, com três defesas, uma recolha e uma saída pelo solo eficaz.

  • A segunda parte abriu com um cabeceamento de Jardel ao poste. “Cheirava” a golo na Pedreira, mas este viria a acontecer só aos 64 minutos, por intermédio de Jonas, que surgiu entre os centrais para cabecear para o fundo das redes, após um cruzamento certeiro de André Almeida. O golo do brasileiro era um duro golpe nas aspirações dos minhotos, que até vinham a crescer na partida, com quatro remates até então, um deles à baliza.
  • Mesmo sem qualquer remate enquadrado ou passe para finalização, Krovinovic dava nas vistas. O médio croata chegou aos 70 minutos da partida com três máximos “encarnados”: oito duelos ganhos em dez disputados, três faltas sofridas e 32 passes no meio-campo adversário.
  • E foi então que surgiu o golo que relançou o jogo. Paulinho aproveitou uma indecisão de Bruno Varela e cabeceou para o fundo das redes, naquele que era o seu primeiro remate enquadrado até então. Na origem da jogada esteve um cruzamento certeiro de Ricardo Horta, o primeiro da partida para o camisola 21 dos minhotos.
  • O golo deu novo alento ao SC Braga, que chegou aos últimos cinco minutos da partida com dez remates, metade deles à baliza. O lateral Jefferson dava nas vistas com os seus três passes para finalização, igualando Cervi, que era até então líder isolado.
  • Já ao cair do pano, Raúl Jiménez apontou o golo da tranquilidade, num remate de primeira após um cruzamento certeiro de Cervi, redimindo-se de uma ocasião flagrante desperdiçada minutos antes, num lance em que se viu cara a cara com Matheus.

O Homem do Jogo

Salvio abriu o caminho para a vitória do Benfica com um golo madrugador, mantendo um nível elevado até ao apito final. Para além do tento que apontou, num dos dois remates à baliza que fez, o extremo argentino somou três dribles eficazes, em seis tentativas, 32 passes certos, nove duelos ganhos, três desarmes e outras tantas faltas sofridas. Tudo somado, Salvio deixa o Minho com a nota mais alta nos  GoalPoint Ratings, 6.5, ficando apenas umas centésimas acima de Jonas.

Jogadores em foco

  • Jonas 6.5 – Voltou a fazer das suas ao marcar um golo (o seu 21º no campeonato), num dos dois remates enquadrados da sua autoria. Errou apenas dois dos 21 passes que fez e foi feliz na única vez que arriscou o drible.
  • Franco Cervi 6.2 – Não rematou, mas deu a marcar, contabilizando duas assistências em quatro passes para finalização. No entanto, não conseguiu aproveitar nenhuma das quatro tentativas de drible e falhou 12 dos 35 passes que fez, sete delas no seu próprio meio-campo.
  • Bruno Varela 5.4 – Cometeu um erro resultante em golo, o que penalizou gravemente a sua nota final, e falhou mais passes do que acertou (14-13). Pela positiva, contabilizou cinco defesas, três delas a remates de dentro da área.
  • Lazar Rosic 5.0 – De um erro seu resultou um golo benfiquista. Ainda assim, a sua exibição teve vários pontos positivos: três remates, um deles enquadrado, 69 passes eficazes, nove deles longos, 94 toques e quatro duelos aéreos ganhos em outros tantos disputados.
  • Fábio Martins 4.6 – Teve a pior nota da noite. Fez apenas 12 passes, só seis eficazes, cometeu três faltas e falhou três desarmes. Arriscou por duas vezes o remate, mas em nenhum dos casos conseguiu enquadrar a bola com a baliza.

Resumo

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