Câmara sabia que “não se podia construir” a bancada do Estoril

A segunda parte do jogo Estoril-FC Porto, da 18.ª jornada da Liga de futebol, foi suspensa ao intervalo, depois de os adeptos dos ‘dragões’ terem entrado no relvado devido a um problema estrutural numa das bancadas.

O antigo vereador do Desporto da Câmara de Cascais, João Sande e Castro, afirma que a bancada ter sido construída em cima de uma reserva agrícola e em leito de cheias era “um facto há muito conhecido da Câmara.

Nunca devia ter sido legalizada ali qualquer tipo de construção”, defendeu ainda o antigo vereador, justificando que a bancada foi construída num terreno classificado como reserva agrícola. “Passa ali uma ribeira porque estamos em zona de leito de cheias“, esclareceu também.

João Sande conta que foram necessárias “três intervenções nos campos sintéticos que estão a norte e que ciclicamente vão sofrendo alguns abatimentos que era necessário corrigir” durante doze anos.

Numa altura em que o jogo já estava em intervalo, os adeptos do FC Porto começaram a saltar para o relvado, devidamente orientados pelas forças de segurança, aparentemente por problemas numa das bancadas do estádio António Coimbra da Mota, no Estoril, devido a problemas estruturais.

Após uma longa paragem de cerca de uma hora, e quando tudo indicava que o jogo iria recomeçar, o speaker comunicou que não estavam reunidas condições de segurança, e a partida acabou mesmo por ser suspensa.

Segundo informações divulgadas pela TSF, foram encontradas fissuras junto aos pilares na zona da casa de banho, por baixo da bancada em que se encontravam os adeptos portistas.

A Câmara Municipal de Cascais anunciou que a construção da nova bancada do Estádio António Coimbra da Mota foi vistoriada pelas entidades nacionais e internacionais, salientando que a Liga também faz vistoria antes do início da época.

“A obra foi vistoriada pelas entidades nacionais e internacionais competentes, atendendo a que a nova bancada veio cumprir um requisito da UEFA. Mais, as instalações do estádio são vistoriadas pela Liga Portuguesa de Futebol e demais entidades no arranque de cada época”, refere a Câmara de Cascais, em comunicado, um dia após o adiamento da segunda parte do jogo entre o Estorial e o FCPorto, devido a fissuras na bancada.

A segunda parte do encontro entre o Estoril Praia e o FC Porto, da 18ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, vai disputar-se em 21 de fevereiro, anunciaram hoje a Liga e os dois clubes.

[sc name=”assina” by=”ZAP”]


Comentários

4 comentários a “Câmara sabia que “não se podia construir” a bancada do Estoril”

  1. Avatar de ZÉ DAS ISCAS
    ZÉ DAS ISCAS

    se a câmara sabia que nao se podia construir, porque é que deixou a obra avançar?
    porque nao embargaram a obra?
    se por tudo e por nada embargas obras porque a fiacalização nao actuou aqui?
    o que dá a entender é que houve “luvas” a alguem para que a obra fosse feita
    espero que a fiscalização apure responsabilidades e puna os culpados

  2. Quando “a bola” está pelo melo meio acontece de tudo…

  3. As fissuras vistas através dos noticiários da TV vieram de onde afinal, seriam da China? Não teria havido a possibilidade de nesse jogo transferir os adeptos para outro local mais seguro pois duvido que o estádio estivesse lotado e assim teria ficado resolvido este jogo, agora vamos ver se depois de denunciado tudo isto se continua a não haver culpados e se o mesmo estádio continua aberto até que hajam uns tantos mortos a lamentar.

  4. Avatar de Sulistas, elitistas e liberais
    Sulistas, elitistas e liberais

    Perguntam vocês, cromos do sul, a razão da bancada ceder agora. A resposta é simples: não aguentou com o peso do maior clube português!

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