O atleta olímpico mais medalhado de sempre pensou em suicidar-se após os Jogos Olímpicos de 2012. A revelação foi feita pelo próprio esta quinta-feira, durante uma conferência sobre saúde mental, em Chicago, nos EUA.
Michael Phelps revelou, esta quinta-feira, que durante a sua carreira olímpica sofreu de ansiedade e depressão, principalmente após as provas desportivas.
Em entrevista à CNN, durante a conferência, o atleta revelou ter sofrido de crises de ansiedade, de depressão e que chegou a ter pensamentos suicidas. Segundo o nadador, ganhar medalhas de ouro olímpicas foi a “parte fácil” de todo este processo.
De acordo com o Diário de Notícias, o primeiro episódio de depressão aconteceu em 2004, no ano em que foi acusado de conduzir sob influência de álcool. Quatro anos depois, e apenas algumas semanas depois de ter ganho um recorde de oito medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, o atleta foi apanhado a fumar erva.
Phelps confessou que quis “fugir do que quer que fosse”, mas que esta era a sua forma de “auto-medicar”. Mas foi em 2012, no “outono mais difícil” que ponderou o suicídio.
“Já não queria saber da natação para nada. Já não queria estar vivo”. Depois de ter ficado “três a cinco dias” fechado no quarto, sem se alimentar, a dormir mal e “simplesmente a não querer estar vivo”, percebeu que precisava de ajuda.
Michael Phelps não cedeu ao desespero e foi nessa altura que o desportista se internou numa clínica de reabilitação. Aos poucos, melhorou e começou a falar sobre os seus sentimentos. “Eu era muito bom em compartimentar coisas e a arrumar coisas sobre as quais eu não queria falar”, disse.
Hoje, através da sua fundação, Phelps é embaixador para a saúde mental e participa como orador em várias conferências sobre gestão de stress no desporto.
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