Benfica vs Boavista | Águia vence axadrezados com classe

O Benfica colocou pressão sobre os outros dois candidatos ao título, com uma goleada por 4-0, em casa, sobre o Boavista.

Num jogo em que tantas vezes as redes abanaram, o facto mais relevante é Jonas não ter marcado qualquer golo, tendo, inclusive, desperdiçado uma grande penalidade. Um triunfo justo por parte dos “encarnados”, que dominaram, remataram muito, e com qualidade, e que tiveram três defesas em grande destaque.

O Jogo explicado em Números

  • O Benfica procurou entrar forte, com a primeira “ameaça” a surgir por intermédio de Zivkovic, logo aos três minutos, assumindo natural domínio (66% de posse findos os primeiros dez minutos) frente a um Boavista agressivo na pressão (6 -11 duelos individuais ganhos). A resistência da “pantera”, porém, duraria pouco.
  • Aos 15 minutos o Benfica teve a primeira oportunidade flagrante para mexer no marcador, mas Jonas falhou uma grande penalidade (sofrida por Cervi), o seu segundo falhanço consecutivo na Liga da marca capital. Mas, pouco depois, aos 18, Rúben Dias aproveitou, de cabeça, para emendar a mão “encarnada”, inaugurando o marcador, num lance que começou num canto. O golo, o segundo do jovem central na prova, surgiu ao quinto remate das “águias”.
  • Apesar da atitude combativa, os “axadrezados” atingiram os 30 minutos sem somar qualquer remate à baliza adversária. Já o Benfica não só mantinha como aumentava a posse (71%), somando remates (7) e pontapés de canto (5). Jorge Simão começava a dar sinais de querer mexer na equipa.
  • Os comandados de Rui Vitória chegavam perto do intervalo mais próximos de ampliar do que de permitir o empate, somando 16 acções já dentro da área boavisteira, atingidos os 40 minutos. E o segundo golo surgiria naturalmente, novamente através de um pontapé de canto.
  • A boa exibição “encarnada” findo o primeiro tempo teve natural correspondência nos ratings, com cinco “águias” acima da “nota” seis, liderados por Jardel e Rúben Dias, ambos com 6.9, homens em evidência nos golos.
  • Destaque também para os homens da ala esquerda “encarnada”, Grimaldo, Cervi e Zivkovic, o corredor preferido do Benfica no ataque à área boavisteira, na primeira metade: 50% dos ataques do campeão nacional foram conduzidos pelo lado esquerdo.
  • Kuka e Rui Pedro saíram ao intervalo para darem lugar a Mateus e Renato Santos, e o Boavista assumiu o comando da partida nos primeiros 15 minutos após o reatamento, com 54% de posse e o único remate enquadrado desta fase.
  • Mas, aos poucos, os “encarnados” recuperaram o domínio, com 56% de posse no segundo tempo, quando atingido o minuto 70. Porém, um domínio diferente, menos esclarecido, como mostram os apenas 75% de eficácia de passe, em comparação com os 84% do primeiro tempo – algo que se reflectia, também, nos remates: seis, mas somente um com a melhor direcção.
  • Até que o terceiro golo surgiria aos 77 minutos. Cruzamento da esquerda de Grimaldo, a defesa do Boavista atrapalhou-se perante a proximidade de Jonas e Nuno Henrique acabou por fazer autogolo.
  • O jogo estava na mão do Benfica, que se limitou a controlar os acontecimentos. Perto do final, as “águias” trocavam calmamente a bola e registavam seguros 58% de posse no segundo tempo, e oito remates, embora com menor eficácia do que no primeiro tempo (só dois com a melhor direcção). E o 4-0 surgiu em cima dos 90 minutos, golo de Raúl Jiménez, a encostar após assistência de André Almeida.

O Homem do Jogo

O espanhol Álex Grimaldo regressou às grandes exibições. Numa partida em que os três melhores em campo foram defesas “encarnados”, o lateral-esquerdo esteve uns furos acima dos restantes, com números de grande qualidade que lhe valeram um GoalPoint Rating de 7.3. Para além dos três passes para finalização, das 14 acções defensivas (seis delas intercepções) e das oito recuperações de posse, o ex-Barcelona registou 121 acções com bola, mais 36 que o segundo com número mais elevado, Pizzi.

Jogadores em foco

  • Rúben Dias 7.1 – O jovem defesa-central voltou a marcar, o seu segundo golo com a camisola do Benfica, após tê-lo feito também contra o Rio Ave. Rúben Dias esteve também seguro noutros momentos de jogo, como comprovam os 93% de eficácia de passe, os dois duelos aéreos ganhos e os seis alívios.
  • Jardel 6.9 – O terceiro defesa benfiquista a merecer destaque. O brasileiro já havia marcado ao Rio Ave (tal como Rúben), sendo, na ocasião, o melhor em campo, e voltou a fazer o gosto à… cabeça, para o 2-0. Mas a estatística mostra também uma assistência para golo, perfazendo já três na Liga NOS 2017/18, e seis duelos aéreos ganhos, a totalidades dos que participou.
  • André Almeida 6.9 – “Patinho feio” para alguns, imprescindível para outros. O defesa-direito pode não ser consensual, mas está a fazer uma grande época e voltou a estar em destaque, com uma assistência em três passes para finalização, dois dribles eficazes e três cruzamentos, um deles com acerto.
  • Zivkovic 6.6 – O sérvio esteve endiabrado, como é seu timbre. Velocidade, imprevisibilidade e grande capacidade para combinações com os seus colegas. Rematou quatro vezes, duas com enquadramento, fez três cruzamentos, todos eficazes, e teve sucesso em três de quatro tentativas de drible.
  • Vagner 6.7 – O melhor jogador do Boavista foi o seu guarda-redes, que evitou números mais gordos para os homens da casa. O brasileiro fez seis defesas, quatro delas a remates dentro da grande área, e travou uma grande penalidade apontada por Jonas.

Resumo

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