As escutas telefónicas efectuadas ao funcionário judicial José Augusto Silva, suspeito de ser “toupeira” do Benfica, provam a existência de um encontro entre este informador e Luís Filipe Vieira, em pleno Estádio da Luz.
Agentes da PJ estariam em vigilância discreta no Estádio da Luz quando Luís Filipe Vieira se terá encontrado com José Augusto Silva, o funcionário judicial acusado de corrupção passiva e em prisão preventiva, na Operação E-toupeira, em que Paulo Gonçalves, assessor jurídico da SAD do Benfica, também é arguido, por corrupção activa.
A notícia é avançada pelo Correio da Manhã que assegura que há também escutas telefónicas que provam o encontro entre Vieira e o informador.
O jornal refere que a PJ tirou fotografias a um encontro entre Paulo Gonçalves e José Augusto Silva, que terá decorrido no chamado anel VIP do Estádio da Luz, durante um jogo.
Depois disso, o funcionário judicial terá sido seguido pelos inspectores até se encontrar com Vieira, também no estádio, de acordo com a mesma fonte.
PJ procura mais duas “toupeiras”
O funcionário judicial prestava apoio informático aos tribunais, tendo vínculo com o Instituto de Gestão Financeira. Terá acedido ao sistema informático da Justiça para obter informações sobre o chamado caso dos emails, em que o Benfica é suspeito, e sobre outros casos envolvendo dirigentes de FC Porto e Sporting.
José Augusto Silva terá usado a password roubada à assessora da Procuradoria Distrital de Lisboa, Ana Paula Vitorino, para ter acesso aos processos judiciais. A informação obtida terá depois sido passada a Paulo Gonçalves.
A SIC Notícias avança que a PJ encontrou documentos em segredo de justiça no escritório do assessor jurídico do Benfica, durante as buscas efectuadas a 19 de Outubro de 2017. Em causa estarão “documentos confidenciais” e “peças processuais.
As investigações não estão encerradas e a PJ está à procura de mais duas “toupeiras”, segundo revela o Jornal de Notícias. A publicação avança que o Ministério Público suspeita que há, pelo menos, mais dois informadores infiltrados no sistema judicial a passarem dados em sigilo a elementos ligados ao Benfica.
“Uma auditoria do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça detectou acessos ao inquérito dos emails, no programa Citius”, frisa o JN. Esses acessos terão sido feitos a partir de tribunais de Braga e da zona Centro do país.
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