O Benfica cumpriu a sua “obrigação” e venceu o Desportivo das Aves em casa, por 2-0, colocando pressão sobre FC Porto (que joga este domingo) e Sporting (segunda-feira).
A equipa “encarnada” sentiu muitas dificuldades para bater a formação de José Mota, que foi coesa e pragmática a defender, e apenas nos últimos 20 minutos (e já com Raúl Jiménez em campo) conseguiu marcar, quebrando a resistência contrária. A “águia” demonstrara até meio da segunda parte alguma ineficácia ofensiva no capítulo do remate, mas, quando corrigiu esse detalhe, os golos surgiram.
Início de partida algo confuso, com o Benfica a dominar por completo os primeiros dez minutos (75% de posse), mas sem conseguir fazer qualquer remate. O primeiro disparo da partida aconteceu aos 11 minutos, e para o Aves, por Amilton, sem a melhor direcção.
Aos poucos os “encarnados” começaram a fabricar lances de perigo, em especial pelo flanco direito, onde Rafa começava a mostrar-se inspirado. Velocidade, capacidade de drible, faltando apenas afinar nas decisões. Por volta dos 20 minutos, o Benfica registava os mesmos 75% de posse, dois remates, um deles enquadrado, e 86% de eficácia de passe.
Dificuldades para as “águias” criarem perigo. À passagem da meia-hora de jogo, os homens da casa ainda não tinham criado qualquer ocasião flagrante, e os dois remates enquadrados (em cinco disparos) poucas dificuldades criaram ao guarda-redes Adriano Facchini. O brasileiro destacava-se, porém, nas saídas pelo solo, registando três, todas eficazes, evitando que os benfiquistas surgissem isolados.
Perto do intervalo, o Benfica somava apenas mais um remate que o Aves (5-4), embora dois enquadrados, contra nenhum dos visitantes. Os “encarnados” registavam também seis cantos, contra nenhum do Aves, mas os 21 alívios do seu adversário anulavam quaisquer tentativas benfiquistas de fazerem valer a sua presença na grande área, onde Jonas estava demasiado sozinho.
Nulo ao intervalo que premiava a forma pragmática com que o Desportivo das Aves defendeu, sem problemas em recorrer ao alívio puro e duro, e que penalizava a fraca capacidade de decisão do Benfica, quer no último passe, quer no remate (apenas cinco, dois enquadrados). O melhor em campo na primeira parte acabou por ser Jorge Fellipe. O defesa-central brasileiro varreu todas as bolas de potencial perigo para a sua equipa, chegando ao descanso com oito alívios e quadro desarmes, e um GoalPoint Rating de 6.5. Belo jogo na segunda presença na Liga NOS.
O segundo tempo começou com uma ocasião flagrante falhada por Zivkovic (47′). O sérvio estava desinspirado, com dois dribles eficazes em quatro como única estatística de relevo até esta altura.
A hora de jogo chegou com Rui Vitória a lançar Raúl Jiménez para o lugar de João Carvalho, à procura de maior presença física na grande área contrária. Nesta fase as “águias” tinham 64% de posse de bola nos primeiros 15 minutos do segundo tempo, mas também quatro remates. Só que todos desenquadrados.
Pressão total do Benfica por volta dos 70 minutos, com 73% de posse na segunda parte, 87% de eficácia de passe, sete remates nesta fase, só um enquadrado, apesar de seis terem acontecido dentro da área. Mas essa avalanche ofensiva acabou por dar frutos.
Aos 71 minutos, um jogador pouco dado a remates, Ljubomir Fejsa, arrancou um forte disparo, Facchini defendeu, mas a bola sobrou para Franco Cervi, que assistiu Jonas para um golo fácil. Era o quinto remate do “Pistolas”. Estava feito o mais difícil, pois aos 74 minutos…
… surgiu o 2-0. Raúl Jiménez (fundamental a sua entrada para abrir espaços no ataque benfiquista) rematou, mais uma vez Facchini defendeu e a bola sobrou para Rúben Dias, que rematou forte para golo.
O jogo encaminhava-se para dar a vitória ao Benfica. Por volta dos 80 minutos, as “águias” somavam um total de 16 remates, sete deles enquadrados (fruto dos cinco do segundo tempo) e 13 deles realizados dentro da área contrária, e 12 pontapés de canto. O Aves tinha rematado seis vezes, apenas uma na direcção da baliza.
Jonas chegou ao 31º golo na Liga NOS, em mais uma bela exibição que lhe valeu a décima distinção de MVP GoalPoint. O brasileiro sentiu dificuldades perante os centrais contrários, sem espaço para a sua habitual manobra, mas a entrada de Raúl Jiménez soltou o “Pistolas”, que abriu o activo e terminou com cinco remates (dois enquadrados), dois passes para finalização e um drible eficaz. Registou um GoalPoint Rating de 7.3.
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