O Sporting retirou hoje os processos disciplinares de que eram alvo os futebolistas do plantel principal, na sequência de um comunicado publicado nas redes sociais em que manifestaram desagrado pelas críticas do presidente, Bruno de Carvalho, anunciou hoje a SAD.
A decisão de retirar os processos disciplinares que visavam duas dezenas de jogadores do plantel da equipa profissional de futebol, acontece após uma reunião do presidente da SAD, Bruno de Carvalho, com a Comissão Executiva.
“Apesar de ter sido unanimemente considerado, pela administração da SAD e pelo Conselho Diretivo do Sporting Clube de Portugal, que a atitude dos jogadores foi incorreta para com a sua entidade patronal, entendeu-se que o momento atual tem de ser ainda de maior união e coesão, de forma a que possamos cumprir aquelas que são as naturais aspirações do universo sportinguista, isto é, a conquista das provas em que estamos a competir“, lê-se em comunicado da Comissão Executiva do Sporting.
“Com este gesto, a administração da SAD e a direção do clube querem mostrar, mais uma vez, que os superiores interesses do Sporting estão e estarão sempre acima de qualquer situação ou decisão. Por vezes, estes superiores interesses justificam que seja dado um passo atrás, tendo a humildade de reconhecer estar a contribuir para que a equipa possa, dentro de campo, dar todos os passos em frente que sejam necessários à conquista da glória“, completa o comunicado.
Na quinta-feira, depois da derrota do Sporting no terreno do Atlético de Madrid (2-0), em jogo da primeira mão dos quartos de final da Liga Europa, Bruno de Carvalho publicou no Facebook um texto com críticas à equipa, motivando uma resposta do plantel, que assumiu o seu desagrado num comunicado, também nas redes sociais.
Bruno de Carvalho anunciou então a instauração de processos disciplinares e admitiu até a suspensão de jogadores, que acabaram por alinhar no domingo na vitória caseira frente ao Paços de Ferreira, por 2-0, em jogo da I Liga, durante o qual o presidente ‘leonino’ foi assobiado por muitos adeptos, que pediram mesmo a sua demissão.
A instabilidade agudizou-se na segunda-feira, quando o presidente da Mesa da Assembleia Geral do clube, Jaime Marta Soares, disse que Bruno de Carvalho não tem condições para continuar em funções e anunciou a intenção de agendar uma reunião magna com vista a uma eventual destituição do líder ‘leonino’.
Em resposta, Bruno de Carvalho anunciou que ele próprio iria convocar uma Assembleia Geral para que os sócios se pronunciem sobre a continuidade de cada um dos órgãos sociais, separadamente.
Neste contexto, a Holdimo, grupo controlado pelo empresário angolano Álvaro Sobrinho e maior acionista externo da SAD do Sporting, com 30% do capital, solicitou uma AG para “debater e resolver os problemas internos”, receando o “potencial prejuízo para os ativos da sociedade”.
Em consequência desta e de outras posições, a Sporting SAD, considerando que a nova emissão obrigacionista de 30 milhões prevista para maio pode ser prejudicada, anunciou na terça-feira que iria solicitar uma AG de acionistas para deliberar sobre esta operação e uma outra AG de obrigacionistas para propor a prorrogação do prazo final de reembolso da oferta obrigacionista emitida em 2015, de maio para nunca antes de novembro.
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