O português João Sousa venceu este domingo o Estoril Open em ténis, ao derrotar o norte-americano Frances Tiafoe, conquistando o terceiro título da carreira.
Para ser o primeiro português a conquistar o único torneio do circuito ATP em Portugal, João Sousa, 68.º do mundo, precisou de uma hora e 20 minutos para derrotar o norte-americano Frances Tiafoe, 64.º, por 6-4, 6-4.
Na 10.º final da carreira, o vimaranense conquistou o seu terceiro título, depois de Kuala Lumpur, em 2013, e Valência, em 2015. João Sousa superou a melhor prestação de sempre de um português num torneio ATP, que pertencia a Frederico Gil desde 2010, quando, ainda no Jamor, chegou à final.
João Sousa assumiu a concretização do sonho de vencer o Estoril Open em ténis. “Não há palavras para descrever esta emoção. Foi incrível. Foi um sonho tornado realidade, sempre quis vencer aqui em Portugal. É incrível todo o esforço, durante tantos anos”, afirmou emocionado, ainda no court principal do Clube de Ténis do Estoril.
O vimaranense, de 29 anos, deixou agradecimentos após a conquista do seu terceiro título. “Queria agradecer à minha família e à minha equipa técnica, que estiveram sempre ao meu lado, nos bons e maus momentos, e sempre acreditaram em mim.”
“Como é um dia especial, quero dedicar esta vitória à minha mãe. É uma vitória de todos nós, de todos os portugueses, de todos os que aqui estiveram. Obrigado pelo apoio e pelo carinho”, disse o atleta.
Na conferência de imprensa após a final, o português expressou o seu desejo de ver outros portugueses vencerem o torneio no futuro. Para já, “segue-se outra semana de trabalho”.
“Falta ser melhor jogador ainda. Não é que pense que falte alguma coisa à minha carreira, mas penso que podemos sempre melhorar. Temos trabalhado muito bem e nos últimos meses temos alcançado grandes vitórias. É mais uma semana na minha carreira. O trabalho continua, hoje é dia de celebrar e amanhã já vou pensar em Roma. Há que continuar a trabalhar para alcançar os meus objetivos”, afirmou.
Numa análise à “semana perfeita” que disse ter vivido no Clube de Ténis do Estoril, o tenista vimaranense reiterou a sua felicidade por ter escrito “uma página bonita na história” da modalidade e a importância da “tranquilidade” com que disputou desde o início o torneio, ao contrário de anos anteriores.
“É difícil de acreditar, é um sentimento único. Ainda não caí em mim com o que acabei de conseguir. Já tinha vencido um challenger em Portugal, só faltava um ATP. Foram muitas emoções juntas. Comecei a chorar porque há uma dedicação enorme por trás deste título”, admitiu.
João Sousa apontou o duelo com o amigo Pedro Sousa como o momento mais difícil na competição, lembrando os dois match points que teve de salvar para continuar em jogo. Paralelamente, elogiou o jovem adversário na final, enaltecendo o “talento” e a “mentalidade” do norte-americano de 20 anos.
“Sabíamos que era um jogador jovem, muito perigoso com a sua direita e que servia bem. Consegui ser ainda mais agressivo, consegui jogar a bola longa para o anular e não o deixar atacar o ponto”, salientou.
Finalmente, o tenista português manifestou a expectativa por “uma subida significativa”, com um provável regresso ao top-50. “Acredito que esse é o nível a que tenho vindo a jogar. Sou ambicioso e vou continuar a tentar escalar posições.”
“Pelos vistos o abraço também ajudou”
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Marcelo Rebelo de Sousa manifestou felicidade pela conquista do Estoril Open por João Sousa, uma vitória que soube enquanto acompanhava a procissão de Nossa Senhora da Saúde.
“Passei primeiro a dar um abraço às 15:10. Pelos vistos, o abraço também ajudou um pouco e depois soube a meio da procissão da vitória, estou muito feliz“, disse Marcelo aos jornalistas, após as cerimónias da procissão, na praça do Martim Moniz, em Lisboa.
De acordo com a informação avançada pela organização da prova, o chefe de Estado deslocou-se pela segunda vez ao complexo, já ao final da tarde, e foi de propósito ao balneário do jogado para lhe dar os parabéns pelo feito de se ter tornado o primeiro português a vencer o maior torneio do ténis nacional.
Segundo o Diário de Notícias, Marcelo Rebelo de Sousa justificou a sua ausência no Estoril Open com o compromisso de acompanhar a procissão de Nossa Senhora da Saúde, uma cerimónia religiosa com ligação às forças armadas.
“Cerimónias institucionais são cerimónias institucionais e esta cerimónia tem quase 500 anos, é uma cerimónia também militar, religiosa mas também militar, com presença das chefias militares”, disse o Presidente.
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