O FC Porto festejou o seu 28.º título, este domingo, no Estádio do Dragão, depois da vitória sobre o CD Feirense por 2-1. As imediações do estádio foram inundadas pelo “mar azul” e euforia dos adeptos portistas.
O FC Porto venceu em casa o Feirense, por 2-1, em jogo da 33.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que serviu de consagração dos novos campeões nacionais, coroados no sábado, depois do empate entre Sporting e Benfica.
Sérgio Oliveira (37 minutos) e Yacine Brahimi (59 minutos) marcaram os golos dos dragões, que passaram a somar 85 pontos, mais sete do que os rivais lisboetas, quando falta disputar apenas uma jornada.
No final da partida, o plantel portista festejou no relvado, juntamente com os 50 mil adeptos que se encontravam no Estádio do Dragão e outros milhares de portistas que esperavam os novos campeões no exterior.
O nome que gerou maior reação nas bancadas do Dragão foi o do treinador e ex-jogador Sérgio Conceição. O técnico portista estava visivelmente emocionado pela conquista do título, depois de o FC Porto tem estado quatro anos sem ganhar, e dedicou a vitória aos pais já falecidos.
“Quero agradecer à minha equipa técnica. O treinador não sou só eu. Somos mais de cinco elementos. Há toda a estrutura que está de parabéns. Uma palavra para o presidente que me deu a oportunidade de trabalhar num clube que me diz muito”, cita o Expresso.
“Na minha apresentação, tinha dito que no fim da época iria agradecer a duas pessoas: aos meus pais. Para eles, este título. Estou muito feliz por mim, pela minha família, pelos meus cinco filhos, sofreram todos comigo. Sou exigente comigo e com os meus. Há muita gente por trás deste título. Eu sou o líder que dá a cara, mas há muita gente a trabalhar para isto”.
Pinto da Costa diz que título tem “significado especial”
O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, admitiu no final do jogo de consagração que o título conquistado ao fim de quatro anos “tem um significado especial”.
“Muita coisa que se foi sabendo no fim da época e isto criou um espírito de revolta e de união entre todos, para que as coisas mudassem”, explicou o dirigente portista, considerando que a vitória conquistada pelo FC Porto é de todos.
O presidente dos dragões disse que acreditou em Sérgio Conceição desde que assinou em 27 de maio de 2017 e dedicou a conquista do título a toda a família ‘azul e branca’ e, em especial, aos mais carenciados, que nem sempre têm boas razões para festejar.
“Pelas mensagens que recebi de quase a totalidade dos nossos adversários, das palavras do treinador Jorge Jesus, que telefonou ao Sérgio para lhe dar os parabéns, não tenho dúvidas da justeza do título e só tem dúvidas quem realmente quiser”, disse.
Pinto da Costa corroborou a opinião já manifestada pelo antigo treinador do FC Porto André Villas-Boas de que a emoção que Sérgio Conceição trouxe ao plantel foi um dos aspetos decisivo para a conquista do título.
“Essa foi uma das razões porque escolhi o Sérgio Conceição”, disse o presidente dos azuis e brancos, recordando que conhece o atual treinador desde os 16 anos, altura em que era atleta do clube.
O presidente rebateu que o golo do capitão Héctor Herrera tenha sido o mais importante da época, no triunfo frente ao Benfica, na Luz (1-0), considerando que valeu pontos, mas de nada valeria se o FC Porto não vencesse também noutros campos.
O regresso à varanda da Câmara do Porto, agendado para a última jornada, após um interregno de várias décadas, foi também abordado pelo presidente portista.
“Regressar à Câmara vai ser bonito. Desde 1999 que lá não vamos. Para ir à Câmara não é preciso o presidente ser adepto do FC Porto, como era o da altura e o da agora, é necessário que o presidente que lá estiver goste e ame a cidade do Porto”, disse.
Casillas quer ficar
O presidente, que se escusou a levantar o véu sobre a próxima época, nomeadamente a continuidade de Sérgio Conceição, com quem tem um entendimento perfeito, disse apenas que gostava que o guarda-redes espanhol Iker Casillas permanecesse.
“Vou tentar que fique”, disse Pinto da Costa, referindo-se a uma provável saída do guarda-redes internacional espanhol, que usufrui um vencimento elevado no plantel dos dragões.
No relvado, o guarda-redes já tinha afirmado que gostava de permanecer na equipa, embora sem dar nenhuma garantia. “Espero ficar. Esta é a minha ultima época, vamos ver o que acontece. Estou encantado e feliz por estar aqui”, cita o Jornal de Notícias.
Sobre a conquista do título, o internacional espanhol considera que é “justíssimo” porque “a equipa lutou muito para ser campeã”, lamentando apenas os dissabores nas Taças da Liga e Portugal.
“Mas fizemos um bom trabalho e estamos muito felizes, também pela gente que não ganhava há muito tempo e merece. Por muitos títulos que tenha no futebol – e tive a sorte de conseguir os mais importantes – atrás dos títulos há muita gente. Quando temos mais experiência, o mais bonito é isto, ver a gente a desfrutar”, concluiu.
Herrera, que na época passada teve um mau momento e chegou mesmo a ser muito criticado pelos adeptos portistas, renasceu e tornou-se uma espécie de “novo herói” da nação azul e branca.
“O mau momento na época passada? Não ligo ao que as pessoas dizem ou pensam de mim e só quero atingir os meus objetivos. Quando passei por maus momentos fiquei calado e não quero mostrar algo a alguém, só mesmo a mim mesmo, para mostrar que era capaz”.
“Devo ao Sérgio Conceição o facto de me ter desenvolvido como jogador e ter-me posto como capitão é um claro exemplo do ser humano que é”, acrescentou o jogador mexicano.
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