O clube encarnado ameaça avançar com um pedido de impugnação do campeonato, caso se confirmem as suspeitas de aliciamento a jogadores pelo novo campeão FC Porto.
O FC Porto já festejou a conquista do 28.º título, quando ainda falta uma jornada para terminar o campeonato, mas parece que a história desta época não vai ficar por aqui, pelo menos no que depender do Benfica, escreve o semanário Expresso.
De acordo com um exclusivo do Correio da Manhã, o clube da Luz considera que este foi um “campeonato sujo” e, por isso, caso se confirmem as suspeitas de aliciamento a jogadores pelo novo campeão, o Benfica deverá avançar com um pedido de impugnação da prova para as instâncias desportivas e criminais.
A informação, passada por uma fonte dos encarnados ao jornal, revela que o clube, que venceu o campeonato nas quatro últimas épocas, sente-se prejudicado e têm fortes suspeitas de corrupção pela forma como o ‘penta’ lhe escapou.
Segundo o diário, citado pelo semanário, enquanto esperam pelos resultados das investigações, os responsáveis do clube já estão a elaborar um dossiê sobre os casos que consideram poder ter influenciado o desfecho do campeonato.
Em causa estão, por exemplo, as alegadas ameaças dos Super Dragões a árbitros, que podem ter tido influência no critério de nomeação para os jogos da Liga, o polémico pagamento ao Estoril antes da segunda parte do jogo interrompido na Amoreira e a denúncia anónima sobre um alegado aliciamento ao guarda-redes do Boavista Wagner.
O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, acusa ainda o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) de ter dois pesos e duas medidas, sendo “mais rápido a decidir os processos quando são contra o Benfica”, disse a mesma fonte do clube.
Recorde-se que esta época foi marcada por vários episódios entre os rivais, a começar pelo chamado “caso dos emails”, com o clube das Antas a denunciar uma alegada influência do Benfica em matéria de arbitragem e no futebol português.
O estádio da Luz chegou mesmo a ser alvo de buscas em outubro de 2017 e, já este ano, o diretor do departamento jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves, foi constituído arguido devido à Operação ‘e-toupeira’.
O advogado foi detido, tendo acabado por sair em liberdade, por suspeitas de estar ligado a uma rede com funcionários judiciais, que lhe passavam informação sigilosa sobre processos que envolvem o Benfica.
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