O ex-treinador dos leões revelou que tem uma cláusula de confidencialidade que não o permite falar sobre os últimos acontecimentos no clube, mas não se coibiu de deixar alguns recados.
Num evento promovido pelo International Club of Portugal, Jorge Jesus revelou que tem uma cláusula de confidencialidade que não o permite falar sobre qualquer assunto relacionado com o Sporting, sobretudo sobre os últimos três meses.
“O que posso dizer é que neste momento tenho uma cláusula de confidencialidade na minha rescisão, sendo penalizado se fugir a esta cláusula, e portanto não me posso alongar com o tempo que estive no Sporting e com o que aconteceu no Sporting”, assumiu o ex-treinador dos leões, citado pelo Diário de Notícias.
Apesar da cláusula assumida por Jesus, o técnico português, que agora vai treinar os sauditas do Al-Hilal, não se coibiu de deixar alguns recados, a começar pela música “Falem agora”, cantada no evento pela fadista Fábia Rebordão. “É a letra ideal para a minha despedida”, admitiu, entre risos, citado pelo Observador.
“Só és líder se quem trabalha contigo te seguir; senão, não te reconhecem valor (…) Os líderes têm de nascer com esse ADN; mandar é fácil, saber mandar é que é difícil“, destacou o treinador português durante a intervenção.
“O líder tem de se saber adaptar às situações que lhe aparecem diariamente, deve saber desempenhar, interpretar, a responsabilidade que tem e, apesar de serem potencializáveis, têm de nascer com alguma coisa diferente”, afirmou, citado pelo jornal i.
“Não há um bom presidente sem um bom treinador, nem um bom treinador sem bons jogadores”, disse ainda o técnico, ao longo da intervenção de cerca de 20 minutos.
Tribunal valida convocação da AG do Sporting
O Tribunal Cível considerou, esta sexta-feira, Jaime Marta Soares como legítimo presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting e validou a convocação de uma reunião magna para dia 23, apesar de faltarem os meios adequados para a realizar.
Na decisão cautelar, a que a agência Lusa teve acesso, é dito que se “afigura sumariamente demonstrada a existência da qualidade do requerente e indiciariamente a convocatória da Assembleia Geral (AG) por quem de direito”.
Contudo, o juiz considerou que, na exposição de Marta Soares sobre a reunião magna, não são expostos os “meios adequados a acautelar que a Assembleia Geral não se transforme num risco para a integridade física dos participantes, mas simplesmente o cumprimento das formalidades necessárias para a sua integral realização”. Pelo exposto, “indefere-se liminarmente o presente procedimento cautelar”, lê-se na decisão.
Marta Soares pediu ao tribunal que se pronunciasse sobre a marcação da Assembleia Geral de dia 23, alegando que a convocou ao abrigo dos Estatutos do Sporting, pelo que entende que é o clube que “tem de providenciar todos os meios necessários à realização” da mesma.
Porém, alega Marta Soares, quando o conselho diretivo do Sporting Clube de Portugal, liderado por Bruno de Carvalho, se apercebeu que o presidente da mesa da AG pretendia convocar a reunião magna “também para a revogação com justa causa do mandato dos seus membros, passou a boicotá-la ostensivamente“.
Nos fundamentos para a providência é solicitado “um Plano de Segurança para a realização da referida Assembleia Geral, requerendo a colaboração das autoridades policiais”, entre outros pedidos.
Justifica o pedido que a realização de uma AG “sem os meios necessários, pode redundar numa verdadeira tragédia, atendendo ao clima de tensão, crispação e confrontação que é público e notório.
Ora, o tribunal entendeu que não foram apresentados os meios adequados a acautelar que a reunião magna do clube não se possa transformar num risco para a integridade física dos participantes, pelo que indeferiu a realização da mesma.
Desde 15 de maio que o Sporting vive uma situação conturbada, desencadeada pela invasão da Academia, em Alcochete, onde alguns futebolistas e elementos da equipa técnica foram agredidos, a que se seguiu a derrota na final da Taça de Portugal.
Paralelamente, o ‘team manager’ do Sporting, André Geraldes, foi constituído arguido no âmbito de uma investigação sobre alegados atos de tentativa de viciação de resultados.
Depois estes acontecimentos, a maioria dos membros MAG e do Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) e parte da direção apresentaram a sua demissão, defendendo que o presidente Bruno de Carvalho não tinha condições para permanecer no cargo.
Após duas reuniões dos órgãos sociais, Jaime Marta Soares marcou uma AG para votar a destituição do CD, para 23 de junho – sobre a qual foi interposta uma providência cautelar para a sua realização pela MAG – e nomeou uma comissão de fiscalização para evitar o vazio provocado pela demissão da maioria dos elementos do CFD.
O CD do Sporting, que não reconhece legalidade a estas decisões, criou uma Comissão Transitória da MAG, que, por sua vez, convocou uma AG para o dia 17 de junho, para aprovação do Orçamento da época 2018/19, análise da situação do clube e esclarecimento aos sócios, e decidiu marcar uma AG Eleitoral para a MAG e para o CFD para o dia 21 de julho.
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