O futebolista português terá aceitado pagar 18,8 milhões de euros ao Fisco espanhol, para pôr fim ao processo movido contra si por alegada fuga aos impostos, disseram fontes judiciais citadas pela AFP.
Segundo as mesmas fontes, o acordo foi assinado pelos advogados de Cristiano Ronaldo e por representantes da administração fiscal, mas ainda terá de ser ratificado pelo Fisco espanhol, num caso em que o português arriscava até dois anos de prisão.
Ronaldo é acusado de ter, de forma “consciente”, criado empresas na Irlanda e nas Ilhas Virgens britânicas, para defraudar o Fisco espanhol em 14,7 milhões de euros, cometendo quatro delitos contra os cofres do Estado espanhol, entre 2011 e 2014.
Quando foi ouvido em 31 de julho do ano passado no tribunal de Pozuelo de Alarcón, Ronaldo afirmou que “nunca” ocultou rendimentos nem teve “intenção de fugir aos impostos”.
O internacional português sublinhou que o Fisco conhece todos os seus rendimentos porque nunca escondeu “nada, nem teve intenção de fugir aos impostos”.
Segundo o El Mundo, o jogador aceitou dois anos de prisão com pena suspensa – seis meses por cada um dos delitos – que serão saldados através do pagamento dos referidos 18,8 milhões de euros.
Além disso, o “melhor do mundo” reconhece os quatro delitos fiscais, uma das condições da Agência Tributária espanhola para chegar a acordo.
O acordo contempla ainda que todos os assessores do jogador sejam ilibados de responsabilidades, como é o caso do empresário Jorge Mendes ou do advogado Carlos Osorio, acusados de terem montado o esquema de fuga aos impostos.
O acordo com o Fisco espanhol acontece no dia em que o jogador português vai enfrentar a seleção espanhola, no pontapé de saída para o Mundial que, este ano, acontece na Rússia. A partida realiza-se no estádio Ficht, em Sochi, e vai ser transmitido pela RTP às 19h00.
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