O Irão, de Carlos Queiroz, entrou com o pé direito neste Mundial 2018. Numa partida em que foi dominado por Marrocos, a formação do treinador português foi, acima de tudo, um conjunto abnegado na luta e no espírito de sacrifício, beneficiando de um autogolo que surgiu já em período de descontos.
Marrocos entrou a todo o gás na partida, com um domínio e uma pressão ofensiva quase sufocantes para a formação de Carlos Queiroz. Os magrebinos chegaram a meio do primeiro tempo com 73% de posse de bola e realizaram os primeiros seis remates do desafio, embora apenas um enquadrado. A melhor ocasião da primeira parte, porém, pertenceu ao Irão quando, aos 43 minutos, Sardar Azmoun, mas permitiu a defesa de Munir Mohamedi.
A dificuldade de Marrocos em concretizar a superioridade no primeiro tempo permitiu, contudo, que o Irão, ainda que com muito menos posse de bola, chegasse ao descanso com o mesmo número de remates e de enquadrados, notando-se a diferença na qualidade do futebol apresentado pelas duas equipas também na eficácia de passe, com os magrebinos muito melhores neste capítulo. A nossa aposta do Irão para este Mundial, Alireza Jahanbakhsh, era o melhor ao descanso, com um rating de 5.6.
A segunda parte não trouxe mais qualidade ao jogo. Antes pelo contrário. Futebol aos repelões, pouca clarividência e situações de perigo escassas. Perto dos 70 minutos, o Irão não passava dos 60% de passes certos, um espelho do que se passava em campo. E até Marrocos piorou neste detalhe, caindo para os 76%. O número de bolas colocadas em cada área não ultrapassava as 18 para os magrebinos, 16 para os iranianos, e remates no segundo período apenas um, para os primeiros, e sem a melhor direcção.
Porém, quando o empate parecia ser o desfecho mais provável – e justo, diga-se -, pela inoperância das duas equipas, eis que, do céu, caiu um golo, para o Irão. Aos 95 minutos, a um de terminar o tempo de compensação, um livre colocou a bola na grande área marroquina e Aziz Bouhaddouz, entrado aos 77 minutos, foi o jogador mais infeliz do dia, ao fazer autogolo.
Os números finais mostram mais Marrocos em termos de posse de bola (68%) e remates (13, apenas três enquadrados), mas a capacidade de luta iraniana acabou por dar frutos perto do final. Nordin Amrabat, lateral-direito marroquino, foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 6.0, suportado em dois passes para finalização e três dribles eficazes em cinco tentativas.
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