Bruno de Carvalho, destituído do cargo de presidente do Sporting, por decisão dos sócios na Assembleia Geral extraordinária de sábado, terá impedido Sousa Cintra, presidente designado pelo Conselho de Gestão, de entrar nas instalações da SAD do Sporting.
Segundo apurou o Correio da Manhã, Sousa Cintra, designado pelo Conselho de Gestão para gerir a sociedade desportiva até a realização de novas eleições previstas para setembro, ainda não terá conseguido aceder ao Estádio de Alvalade.
De acordo com a notícia avançada pelo jornal, o antigo presidente não está a permitir que seja feita a entrada, apesar da AG de sábado ter ditado a destituição da direção do Sporting com 71,36% dos votos a favor e 28,64% de votos contra.
A equipa da SAD está a ponderar recorrer às autoridades para resolver o impasse. Bruno de Carvalho acumulava a presidência do clube com a da SAD, uma vez que o clube é o principal acionista da Sociedade Anónima Desportiva.
Afinal, Bruno é candidato
Poucas horas depois de garantir que não se candidatava à presidência do clube, Bruno de Carvalho recuou dizendo, em declarações à TSF, que vai impugnar as votações da assembleia geral extraordinária. “Não vamos fugir de eleições e vamos ganhar a impugnação”, afirmou.
Para Bruno de Carvalho, os motivos para impugnar a AG são “simples”. Primeiro, a assembleia “não foi marcada com os artigos corretos que estão nos estatutos”, argumenta. Depois, a assembleia “não teve os votos que seriam necessários para uma AG destitutiva”. E, por último, frisou ainda que “há um problema formal grave: uma AG tem que ser anunciada no jornal do Sporting, e não foi”.
O presidente destituído disse que só depois do Conselho de Gestão ter anunciado o nome de Sousa Cintra para a presidência da SAD é que decidiu candidatar-se.
Bruno de Carvalho explicou ainda o que o levou a ir à AG, depois de dizer que não o faria: “Fomos assistindo aquilo a que se estava a passar e achamos que era importante que fossemos dizer aos sportinguistas que aquilo que queríamos era paz e união no Sporting. E a verdade é que Jaime Marta Soares proibiu-me de falar”.
O presidente destituído lamentou ainda ter escolhido Jaime Marta Soares, pedindo desculpa aos sportinguistas pela sua escolha.
A decisão de recandidatura surgiu depois de Bruno de Carvalho ter expressado na madrugada de domingo, num post no seu Facebook, que não só não se recandidatava à presidência, como também deixava de ser sócio do clube.
Segundo Bruno de Carvalho, a AG foi “uma das maiores golpadas” que assistiu ao longo da vida, acrescentado que foi colocado de novo no poder “uma elite bafienta“.
“Um conjunto de cretinos viciaram os resultados de uma AG”, escreveu. “Podia impugnar esta AG por todas as ilegalidades cometidas: sim. Mas não o vou fazer. Era só o adiar o ter de devolver o Clube a quem nele mesmo manda”, reiterou.
Ações disparam depois da destituição de BdC
Segundo o Observador, os títulos da Sporting SAD deram um “pulo” esta segunda-feira, subindo quase 10% para 78 cêntimos, numa reação à destituição de Bruno de Carvalho na AG. Porém, apenas foram negociados 100 títulos da SAD sportinguista.
A valorização dos títulos é a mais expressiva que pode acontecer — 10%, para cima ou para baixo — para que possa haver negócios, o que indica que se a tendência se mantiver pode haver nova valorização no período da tarde.
Os títulos do Sporting tocaram mínimo nos 55 cêntimos, a 12 de junho, no auge da incerteza em torno do futuro da SAD sportinguista.
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