O Benfica vai para a segunda mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, na Turquia, com uma vantagem de 1-0, conseguida no Estádio da Luz ante o Fenerbahçe.
Um golo de Franco Cervi no segundo tempo foi o suficiente para uma “água” que dominou por completo o seu adversário, em especial no segundo tempo, e justificou um resultado mais dilatado. Vale o facto de não ter sofrido qualquer golo.
O Jogo explicado em Números
- Arranque de partida com o Benfica a tentar assumir o jogo, e a consegui-lo, com 64% de posse de bola nos primeiros dez minutos, 84% de eficácia de passe e o único remate do jogo, desenquadrado. Os turcos apostavam claramente nas transições rápidas.
- Muitas dificuldades para Benfica (e também para Fenerbahçe) no momento de alvejar a baliza. Aos 20 minutos ainda não havia qualquer remate enquadrado. Aliás, o único disparo era ainda o de Gedson Fernandes, logo aos dois minutos. Fejsa, com a totalidade dos 15 passes certos, mais dois desarmes e duas intercepções, ia-se destacando dos demais.
- Pouco mudou até à meia-hora, com o Benfica a ter muita bola (64% de posse), qualidade no passe (88% de eficácia), mas precipitação no remate (três disparos, todos desenquadrados), face ao acerto defensivo dos turcos.
- O Benfica terminou a primeira parte a pressionar, com Martin Škrtel a destacar-se pelos alívios que ia fazendo (cinco por volta dos 40 minutos). As “águias” chegaram a esta fase sem qualquer remate enquadrado, pecúlio fraco para quem precisava de marcar, resultado de alguma precipitação ofensiva.
- Primeira parte com bem mais Benfica, mas um domínio de certa forma consentido pelo Fenerbahçe, apostado em contra-atacar com velocidade e a pressionar bastante o portador da bola da formação portuguesa.
- Os “encarnados” tiveram mais bola nesta fase, mais remates, mas apenas enquadraram um de sete tentativas de alvejar a baliza de Volkan Demirel, o mesmo que os turcos conseguiram em somente dois disparos.
- O melhor da etapa inicial foi Álex Grimaldo. O lateral benfiquista registava ao descanso um GoalPoint Rating de 6.4, graças a uma ocasião flagrante criada, 42 passes certos em 44, dois desarmes e outras tantas intercepções.
- Excelente reentrada do Benfica no reatamento. Uma atitude mais efectiva, mais intensidade e velocidade garantiram às “águias” quatro remates, dois deles enquadrados, nos primeiros 15 minutos do segundo tempo, para além de 66% de posse de bola e 90% de eficácia de passe. Nesta fase, o Benfica registou três cantos, contra dois em toda a etapa inicial.
- A insistência ofensiva acabaria por dar frutos aos 69 minutos. Em mais uma jogada de ataque do Benfica, a bola chegou a Franco Cervi que rematou forte e cruzado para o 1-0. Um golo que surgiu ao 14º remate da equipa lusa, o sétimo na segunda parte, o quarto enquadrado no total. Nesta fase os “encarnados” registavam 37 bolas colocadas na área turca, contra dez dos visitantes.
- Aos 80 minutos não existira ainda Fenerbahçe na segunda parte: nenhum remate e apenas 38% de posse de bola e muitas dificuldades defensivas eram a marca da equipa turca na etapa complementar. Após o golo, contudo, o Benfica perdeu um pouco de capacidade física, o que se ressentiu no menor número de lances de ataque com perigo.
- Ainda assim, a entrada de Nicolás Castillo deu outra capacidade à equipa na grande área contrária, mais do que Facundo Ferreyra. O Fenerbahçe fez o primeiro remate na segunda parte apenas no período de descontos, altura em que o Benfica já justificava mais do que a vantagem mínima.
- Ainda assim, uma vantagem é sempre importante, ainda para mais sem golos sofridos. Tudo graças a uma superioridade evidente por parte dos “encarnados”, em posse de bola, remates e na maioria das principais vertentes de jogo.
O Homem do Jogo
O Benfica dominou, atacou muito e teve num defesa um dos principais catalisadores dos lances ofensivos. Álex Grimaldo já havia sido o melhor no primeiro tempo e manteve a bitola, sendo o melhor jogador da partida com o Fenerbahçe.
O espanhol terminou com um GoalPoint Rating de 7.0, fruto de quatro passes para finalização, uma ocasião flagrante convertida, 93% de eficácia de passe, 111 acções com bola (máximo do jogo) e seis desarmes. Excelente exibição.
Jogadores em foco
- André Almeida 6.8 – E o segundo melhor em campo foi o outro lateral benfiquista. Almeida esteve muito activo também a atacar, somando dois remates, três passes para finalização e 91 acções com bola. E nem precisou de fazer mais do que sete acções defensivas.
- Volkan Demirel 6.7 – O melhor dos turcos foi o seu guarda-redes. Completamente encostados à sua retaguarda, os visitantes tiveram de confiar no seu guardião, que somou cinco defesas e duas saídas pelo ar eficazes.
- Franco Cervi 6.6 – O marcador do golo do Benfica. O argentino demorou a assentar o seu jogo, mas conseguiu, ainda assim, somar dois passes para finalização, sete cruzamentos (um eficaz) e realizar dois remates.
- Ljubomir Fejsa 6.5 – O sérvio começou o jogo por definir a consistência defensiva benfiquista e terminou como um dos melhores da “águia”, com 94% de eficácia de passe, cinco recuperações de posse e outras tantas intercepções.
- Martin Škrtel 6.5 – O defesa-central do Fenerbahçe foi um dos responsáveis pelo resultado magro do Benfica, registando impressionantes 21 acções defensivas, entre elas 15 alívios. Tudo o que parecia perigoso, bola para “a bancada”.
Resumo
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