A norte-americana Kathryn Mayorga, de 34 anos, assegura que Cristiano Ronaldo a violou em 2009, num hotel de Las Vegas, e acusa os advogados do jogador da Juventus de a terem coagido a aceitar 322 mil euros pelo seu silêncio.
Nove anos depois da alegada violação, Kathryn Mayorga avança com um processo contra Cristiano Ronaldo, contestando o acordo extra-judicial que diz ter assinado para se calar a troco de 375 mil dólares (cerca de 322 mil euros).
Este processo foi entregue nesta semana, a 27 de Setembro, no Tribunal Distrital de Las Vegas, no Nevada, como avança o jornal Der Spiegel que entrevistou Kathryn Mayorga sobre o suposto incidente com Ronaldo.
A mulher de 34 anos alega que o futebolista da Juventus a forçou a fazer sexo anal enquanto ela dizia “não” e “pára”. Kathryn Mayorga garante que, depois da violação, Ronaldo lhe perguntou se tinha dores e que lhe disse que era “um tipo 99 por cento bom” e que não sabia “o que é este um por cento”.
Estas suspeitas de violação que envolvem Cristiano Ronaldo foram noticiadas pela primeira vez há cerca de um ano e meio, no âmbito do Football Leaks que divulgou documentos que comprovariam o incidente.
Na acção legal agora movida, a norte-americana começa por contar o que terá acontecido nessa noite de 12 para 13 de Junho de 2009, num hotel de Las Vegas, e depois acusa os advogados de Ronaldo de a terem pressionado a aceitar o acordo extra-judicial, como relata o Der Spiegel.
O advogado da norte-americana fala de uma “conspiração criminosa para impedir a acusação de Cristiano Ronaldo” e nota que a sua cliente estava “mentalmente incapaz” para assinar aquele acordo.
Referindo as “tácticas de intimidação dos principais advogados de Ronaldo”, o advogado acrescenta que Kathryn Mayorga “sofreu danos físicos e mentais” e que, ainda actualmente, “sofre de depressão e de um transtorno de stress pós-traumático”, como cita o Der Spiegel.
A acção movida avalia em, pelo menos, 50 mil dólares os danos sofridos pela norte-americana.
Ronaldo assegura que sexo foi consensual
Cristiano Ronaldo já veio desmentir as alegações, garantindo que a relação sexual foi consensual e notando que a notícia do Der Spiegel é “uma peça de ficção jornalística“.
“A reportagem do Der Spiegel é falsa e Cristiano Ronaldo agirá contra esse órgão de comunicação social por todos os meios ao seu alcance”, nota um comunicado da Gestifute citado pelo Expresso.
“Todo o enredo se baseia em documentos não assinados e em que as partes são identificadas por códigos, em emails entre advogados que não dizem respeito a Cristiano Ronaldo e cuja autenticidade ele desconhece, e numa suposta carta que teria sido enviada pela putativa vítima, mas que ele nunca recebeu”, acrescenta a mesma nota.
Num outro comunicado divulgado pela Gestifute, os advogados de Ronaldo referem que “a matéria noticiada no Spiegel é manifestamente ilegal e viola os direitos de personalidade” de Cristiano Ronaldo “de uma forma extremamente grave”.
Os advogados do avançado frisam que é “uma notícia de suspeição inadmissível em matéria de privacidade” que constitui “uma das violações mais graves dos direitos de personalidade dos últimos anos”.
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