O Sporting mantém-se na perseguição aos lugares cimeiros da tabela da Liga Nos ao bater o Marítimo por 2-0, em Alvalade.
Bruno Fernandes, de grande penalidade, abriu o marcador logo a abrir, dando desta forma uma resposta cabal às críticas de que vinha a ser alvo, com Fredy Montero a ampliar a vantagem ainda antes do intervalo.
Na segunda parte, os “leões” decaíram de produção, mas nem assim o Marítimo foi capaz de discutir a partida, tendo ameaçado a baliza sportinguista apenas por uma vez ao longo dos 90 minutos.
O Jogo explicado em Números
- Bom início de partida dos “leões”, que se adiantaram no marcador ao minuto 12, numa grande penalidade convertida por Bruno Fernandes após falta do guarda-redes Amir sobre Raphinha. A vantagem madrugadora parecia justificar-se, já que o Sporting chegava ao minuto 15 com três remates, um deles enquadrado, outros tantos pontapés de canto, 63% de posse e 80% de eficácia na distribuição.
- A equipa do Marítimo demonstrava enormes dificuldades para sair a jogar, não contabilizando um único toque na área contrária nos primeiros 25 minutos do encontro. O lateral Fábio China era de longe o jogador insular com maior envolvimento na partida, liderando a sua equipa em passes (13), toques (24), duelos (quatro, três deles com sucesso) e intercepções (duas).
- O Sporting acabou por tirar o pé do acelerador com o golo marcado, não fazendo um único remate entre os minutos 20 e 30. A posse de bola estava agora mais equilibrada (54%-46%), assim como a percentagem de acerto nos passes (77%-74%).
- E foi então que, do nada, o Sporting “tirou um coelho da cartola”. Na sequência de um livre batido na direita, a bola ressaltou em dois defesas maritimistas e ficou à mercê de Fredy Montero, que apenas teve de encostar para fazer o golo naquele que era o seu primeiro remate enquadrado do desafio, após duas tentativas anteriores sem sucesso.
- Resultado perfeitamente ajustado a uma primeira parte de sentido único, em que o Marítimo nunca foi capaz de incomodar o guarda-redes do Sporting, Salin, embora até tenham tido quase tanta bola quanto os da casa.
- De destacar ainda a eficácia máxima dos “leões”, que marcaram nos dois únicos remates à baliza durante os primeiros 45 minutos.
- No regresso aos balneários, o protagonista era Bruno Fernandes, que, com o golo apontado e com os seus dois passes para finalização, liderava os GoalPoint Ratings, com nota 6.1.
- O Marítimo entrou na segunda parte mais determinado e somou, em 10 minutos, mais remates do que os que fizeram durante o primeiro tempo. Aproveitando alguma passividade do Sporting, os visitantes completaram o primeiro quarto-de-hora do segundo tempo com mais posse de bola (52%-48%) e maior eficácia na distribuição (75%-73%) do que os “leões”.
- Montero tentou impor a sua presença junto da área contrária, sem sucesso: chegou aos 70 minutos a liderar a sua equipa em duelos disputados (13), mas desses apenas vencera quatro. Era pelo ar que o colombiano mostrava maiores dificuldades, vencendo uma de sete disputas nas alturas – uma tarefa que normalmente compete ao “gigante” Bas Dost.
- Aos 78 minutos, o Marítimo já somava seis passes para finalização, mais um do que a equipa do Sporting, ainda que os madeirenses só tivessem efectuado um remate à baliza de Salin. De salientar, contudo, que Bruno Fernandes era “rei e senhor” neste capítulo, com quatro ocasiões de remate criadas, mais duas do que qualquer outro jogador.
- O Sporting entrou no período de descontos sem um único remate desde o minuto 65 (ou desde o minuto 57, se apenas considerarmos disparos de dentro da área). Se a isto juntarmos a baixa posse de bola (43%) e eficácia nos duelos (37%), percebe-se o porquê de alguns assobios escutados em Alvalade durante a reta final do desafio, a que as alterações introduzidas por José Peseiro não conseguiram dar resposta. Diaby e Carlos Mané, lançados já no fim da partida, nem sequer tocaram na bola.
O Homem do Jogo
Bruno Fernandes acabou por ser um dos poucos destaques pela positiva numa partida sombria e com muitos poucos rasgos de criatividade. Para além do golo apontado, que abriu caminho à vitória dos “leões”, o médio português foi o autor de cinco dos seis passes para finalização da sua equipa, a qual por vezes carregou às costas. Bruno Fernandes somou ainda 74 acções com bola, um drible eficaz e oito recuperações de posse, terminando a partida com nota 6.7 nos GoalPoint Ratings.
Jogadores em foco
- Acuña 5.7 – Não rematou nem fez nenhum passe para finalização, mas deu nas vistas na retaguarda com nove recuperações de posse, três desarmes, outras tantas intercepções e ainda um corte decisivo.
- Jovane 5.4 – O jovem extremo liderou a partida em tentativas de drible (sete, das quais três foram bem-sucedidas). Sofreu três faltas, duas delas em zona de perigo.
- Montero 5.4 – Fez o segundo golo da sua equipa, no único remate à baliza da sua autoria. Disputou oito duelos aéreos ofensivos, vencendo apenas um, e cometeu quatro faltas. Foi travado em falta em três ocasiões, duas em zona de perigo.
- Danny 4.5 – Noite para esquecer internacional português, que não fez nenhum remate, falhou 13 dos 38 passes que efectuou e perdeu a bola 18 vezes.
- Amir 2.5 – O guarda-redes iraniano somou a nota mais baixa da Liga NOS até ao momento nesta época. Sofreu dois golos, um deles na sequência de uma grande penalidade por ele cometida, e efectuou apenas uma defesa, incompleta. Dos oito passes longos que fez, apenas dois tiveram sucesso.
Resumo
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