O Benfica colocou um ponto final num ciclo negativo de resultados, ao bater, por 3-1, o Tondela, na deslocação ao terreno do clube “beirão”.
O golo da formação da casa, ainda antes do segundo minuto da partida, fez os adeptos “encarnados” temer o pior, mas os comandados de Rui Vitória rapidamente anularam a desvantagem, acabando por dar a volta ao marcador já na segunda parte, após a expulsão de David Bruno.
Na retina ficam a baixa eficácia do Tondela, que desperdiçou três ocasiões flagrantes de golo, e ainda o papel decisivo de André Almeida, que deu dois golos a marcar.
O Jogo explicado em Números
- Mal a bola tinha rolado e já se gritava golo nas bancadas do Estádio João Cardoso. Murillo escapou a Grimaldo no corredor direito e cruzou para o meio da área, onde Conti acabou por colocar a bola na sua própria baliza, perante a pressão de Xavier. A resposta não tardou: apenas sete minutos depois, Jonas cabeceou para o fundo da baliza de Cláudio Ramos, após cruzamento da direita de André Almeida.
- Primeiros 20 minutos com clara superioridade do Benfica que, para além de ter sido a única equipa a rematar, tinha ainda uma grande superioridade em termos de posse de bola (63%-37%) e eficácia no passe (76%-58%).
- Ainda antes da meia-hora de jogo, o Benfica dispôs de duas grandes oportunidades, ambas por Rafa. Na primeira, o extremo português atirou ao poste, após deixar dois adversários para trás; na segunda, rematou ao lado depois de acertar mal na bola. O jogo não corria de feição ao camisola 27 dos “encarnados,” que era ainda o jogador da sua equipa com menos passes (sete, apenas quatro certos) e acções com bola (12).
- Conti redimiu-se do autogolo com um corte decisivo aos 37 minutos, negando o golo a Murillo, que picara a bola sobre Vlachodimos. O defesa argentino dava ainda nas vistas com duas intercepções, dois bloqueios e 96% de eficácia de passe, a mais alta da sua equipa.
- Primeira parte com vasta superioridade do Benfica, que dominou em todas as vertentes do jogo, apesar de ter praticamente começado o jogo a perder.
- Ainda assim, importa ressalvar que o Tondela foi a única equipa a criar ocasiões flagrantes de golo, que acabariam por ser desperdiçadas por Ricardo Costa e Murillo. No regresso aos balneários era André Almeida quem liderava os GoalPoint Ratings, com nota 7.0.
- O lateral-direito “encarnado” somava três passes para finalização, um deles resultante em golo, dois desarmes, dois dribles eficazes e ainda três passes longos para o último terço do campo.
- O início da segunda parte ficou marcado pela expulsão de David Bruno, aos 51 minutos, por acumulação de amarelos. Antes de sair do relvado, o lateral-direito do Tondela liderava na sua equipa em acções com bola (38) e eficácia de passe no meio-campo adversário (83%).
- O Benfica aproveitou a superioridade numérica e “partiu para cima” do adversário, chegando à vantagem aos 64 minutos por Seferovic, após passe rasteiro de André Almeida, que já levava cinco ocasiões de remate criadas e duas assistências. O golo surgiu numa altura em que as “águias” contabilizavam 73% de posse de bola desde o intervalo e ainda 82% de eficácia de passe.
- O Tondela esteve às portas de fazer o 2-2 aos 73 minutos, mas Xavier, na cara de Vlachodimos, acabou por rematar ao lado, protagonizando a terceira ocasião flagrante desperdiçada pelos “beirões”. Momentos mais tarde, Rafa ampliou a vantagem do Benfica, num remate rasteiro após assistência fortuita de Pizzi, que já levava três passes para finalização.
- A tarefa do Tondela ficou ainda mais complicada já perto do fim com a expulsão de Ícaro, que liderava a partida em alívios, com nove, após uma entrada violenta sobre Rafa, o benfiquista mais “castigado” pelos adversários, com três faltas sofridas.
- Lançado aos 77 minutos para o lugar de Pizzi, Zivkovic depressa deu nas vistas. Em apenas 15 minutos em campo, o sérvio contabilizou 14 passes, todos eles eficazes, e criou três situações de remates, ficando apenas atrás de André Almeida neste capítulo.
O Homem do Jogo
Exibição de luxo de André Almeida, que fez de Pizzi e “empurrou” o Benfica para a vantagem com duas assistências, uma em cada parte.
O lateral-direito “encarnado” terminou a partida com cinco passes para finalização, mais dois do que qualquer outro jogador, e acertou seis das suas oito bolas longas, quatro delas para o último terço do campo.
Para além disso, contabilizou dois dribles eficazes, 87 acções com bola, três desarmes e oito duelos ganhos em outros tantos disputados, não sendo, por isso, de admirar, que tenha terminado a partida com a nota mais alta nos GoalPoint Ratings, um 7.8.
Jogadores em foco
- Vlachodimis 6.7 – Teve a segunda nota mais alta da sua equipa, apesar do golo sofrido. Fez três defesas, duas delas aos ângulos superiores da sua baliza.
- Rafa 6.7 – Marcou o último golo das “águias” ao seu terceiro remate, o único à baliza. Protagonizou um drible eficaz, em duas tentativas, e sofreu três faltas, uma delas em zona de perigo.
- Conti 5.4 – Foi o autor de um autogolo, mas redimiu-se no resto da partida. Falhou apenas sete passes em 64, perdeu apenas um de sete duelos aéreos e somou oito acções defensivas, uma delas um corte decisivo.
- Murillo 4.4 – Desperdiçou uma ocasião flagrante, num dos dois remates que efectuou. Fez apenas nove passes, acertando seis, e não concretizou o drible em nenhuma das suas duas tentativas.
- Cervi 3.6 – Exibição para esquecer. Rematou duas vezes, ambas de forma desenquadrada, e fez cinco cruzamentos, nenhum deles eficaz. Perdeu a posse 21 vezes e falhou oito passes em 18, quatro deles no seu próprio meio-campo.
Resumo
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