Sporting vs Chaves | Goleador está de volta

O Sporting cumpriu a “obrigação” em casa e venceu o Desportivo de Chaves por 2-1. Porém, este não foi um jogo fácil para o “leão”.

Após uma primeira parte de total domínio, os flavienses, já reduzidos a dez elementos, empataram a partida já perto do fim, antes de Bas Dost bisar e garantir, de penálti, a vitória para a formação leonina.

Um susto grande a castigar a menor eficácia sportinguista no último terço, apesar do total domínio dos acontecimentos e dos muitos remates. Com este resultado, o Sporting subiu ao segundo lugar da tabela, isolado.

O Jogo explicado em Números

  • Arranque de grande domínio por parte do Sporting, com 63% de posse de bola no primeiro quarto-de-hora e dois remates, os únicos do jogo, embora nenhum na direcção da baliza. Destaque para os seis cruzamentos de bola corrida nesta fase, em busca da cabeça de Bas Dost.
  • Não espanta que tenha sido precisamente o holandês a marcar, de cabeça, após mais um cruzamento. Marcos Acuña arrancou um centro da esquerda e Dost cabeceou muito colocado, com a bola a acertar ainda no poste esquerdo antes de aninhar-se no fundo da baliza. Um tento ao primeiro disparo enquadrados dos “leões”, à quarta tentativa.
  • A reacção flaviense não surgia e, à passagem da meia-hora, os visitantes somavam apenas um remate, desenquadrado, e não tinham mais do que 32% de posse de bola, perdendo 63% dos duelos individuais disputados. Acuña, com uma assistência e 21 passes certos em… 21, para além de três desarmes, era um dos motores da formação leonina.
  • Muito fácil a forma como o Sporting ganhava profundidade pelas alas, através de excelentes combinações entre os flanqueadores. Por volta dos 40 minutos os “leões” registavam 17,5% de ataques pelo centro do terreno, somando 47,3% pela direita e 35,3% pela esquerda.
  • Vantagem natural do “leão”, face à superioridade demonstrada ao longo de todos os primeiros 45 minutos.
  • Muita posse de bola e uma intenção clara de atacar pelos flancos, para aproveitar a boa capacidade nos cruzamentos dos seus alas, à procura de Bas Dost. E resultou, tendo o golo sido apontado pelo holandês.
  • Porém, o melhor nesta fase era Bruno Fernandes. O médio registava um GoalPoint Rating de 6.8, com destaque para os três passes para finalização e 47 acções com bola, o máximo na partida.
  • O “leão” sentiu mais dificuldades logo após o descanso. Nos primeiros 15 minutos do segundo tempo, e apesar do domínio (63% de posse), a formação da casa não conseguiu realizar qualquer remate – nem o Chaves, diga-se -, caindo os cruzamentos para apenas dois. Os flavienses pareciam ter encontrado forma de travar a dinâmica atacante do Sporting.
  • A tarefa do Chaves ficou mais complicada aos 71 minutos, quando Bruno Gallo viu vermelho directo por entrada a pés juntos sobre Marcos Acuña. A formação leonina agarrou na iniciativa, ficando a ideia de que o segundo golo era apenas uma questão de tempo.
  • Bom jogo de Gudelj. O sérvio, a actuar como médio mais recuado do Sporting, somava, nesta fase, três duelos aéreos defensivos ganhos em cinco, nove recuperações de posse, 89% de eficácia de passe e três remates, dois deles com boa direcção.
  • Mas contra todas as expectativas, quem marcou foi o Chaves. Um golo fenomenal de Nitinho, aos 81 minutos, num remate de pé esquerdo descaído do lado direito, forte e colocado, a embater ao poste mais distante antes de entrar. Um golo no primeiro remate enquadrado dos visitantes, à terceira tentativa.
  • Só que, na resposta, o “leão” recolocou-se na frente. Assinalada falta na grande área sobre Bas Dost e este, na conversão do castigo máximo, aos 86 minutos, não desperdiçou, bisando na partida e decidindo o vencedor.

O Homem do Jogo

O jogo era perfeito para Bas Dost. O adversário era o Chaves, como um pobre registo fora de casa – quatro derrotas em cinco partidas, três golos marcados e dez sofridos à entrada para a décima jornada – e um registo de apenas 45% de duelos aéreos ganhos até então no campeonato. Para um jogador com as características do holandês, este era o jogo ideal para marcar. E foi o que aconteceu. O ponta-de-lança foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 8.5, muito por culpa dos dois golos que marcou, o primeiro num belo golpe de cabeça. Dost rematou três vezes, todas enquadradas, e ganhou os três duelos aéreos ofensivos em que participou.

Jogadores em foco

  • Bruno Fernandes 7.3 – O médio está cada vez mais perto do rendimento da época passada e voltou a ser um dos melhores em campo, registando o segundo rating mais elevado. O melhor da primeira parte, o português fez três passes para finalização, completou 84% dos passes – cinco longos em nove tentativas – e somou 86 acções com bola, segundo valor mais elevado.
  • Miguel Luís 6.4 – O jovem, de apenas 19 anos, completou o segundo jogo a titular no Sporting e voltou a estar em bom plano. Para além de dois passes para finalização, teve sucesso em 38 de 44 passes, recuperou sete vezes a posse de bola e fez três desarmes.
  • Nemanja Gudelj 6.2 – O sérvio esteve muito certo nas suas tarefas no lugar mais recuado do meio-campo leonino. Com três remates, dois deles enquadrados, enquadrou-se, ainda assim, no processo ofensivo, mas foi na missão defensiva que se destacou, com três duelos aéreos defensivos ganhos em cinco, dez recuperações (máximo do jogo) e sete acções defensivas.
  • Niltinho 6.1 – O brasileiro jogou apenas 23 minutos, mas o suficiente para ser protagonista do momento alto do jogo, um golo portentoso com um remate forte e colocado da direita. Apenas somou três passes (certos) e seis acções com bola, mas ainda assim foi o jogador com melhor rating entre os transmontanos.
  • Marcos Acuña 6.1 – Belo jogo do argentino, que foi um dos principais municiadores de ataque com alvo em Bas Dost. Acuña fez uma assistência, nove cruzamentos (apenas um eficaz, mas que deu em golo), recuperou sete vezes a posse e somou o número máximo de acções com bola, 88.

Resumo

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