Bruno de Carvalho e Mustafá saem em liberdade

Bruno de Carvalho e Mustafá vão aguardar o julgamento em liberdade

O ex-presidente do Sporting Bruno de Carvalho e Mustafá, líder da claque Juventude Leonina, saíram esta quinta-feira em liberdade, sujeitos a apresentações diárias às autoridades, no âmbito da investigação ao ataque à academia de Alcochete.

O tribunal do Barreiro, distrito de Setúbal, decretou ainda para ambos uma caução de 70 mil euros, que terá de ser prestada nos próximos dias.

Num comunicado divulgado aos jornalistas, citado pelo Correio da Manhã, o juiz Carlos Delca diz que o Ministério Público não apresentou provas suficientes dos crimes que são apontados aos dois arguidos, com exceção da droga que terá sido apreendida a Mustafá nas buscas à Juve Leo.

A nota refere também riscos como o perigo de fuga, perturbação do inquérito, continuação da atividade económica e ameaça à ordem pública.

O início da leitura das medidas de coação estava previsto para as 10:00, mas foi adiado em uma hora devido à greve parcial dos funcionários judiciais, que já tinha motivado a interrupção do interrogatório aos arguidos na terça-feira.

Bruno de Carvalho e Nuno Mendes, conhecido por Mustafá, estão detidos desde domingo, com base em mandados emitidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

Bruno de Carvalho indiciado por 56 crimes

O ex-presidente do Sporting está indiciado por 56 crimes, incluindo crimes de de terrorismo, de dano com violência, de sequestro, de ofensa à integridade física qualificada, de detenção de arma proibida e de ameaça agravada. Já Mustafá está indiciado por um total de 57 crimes.

Telefonemas e testemunhos foram essenciais para a detenção de Bruno de Carvalho, neste domingo, o mesmo dia em que foi detido o líder da claque Juventude Leonina, Nuno Mendes, mais conhecido por Mustafá.

Tal como nota a Sábado, o alegado envolvimento de Bruno de Carvalho no ataque aos jogadores terá sido confirmado por três dos arguidos. Outras declarações terão sido também consideradas relevantes pelo Ministério Público, como as do antigo responsável do Sporting que fazia a ligação às claques, Bruno Jacinto.

Bruno de Carvalho é visto como o autor moral dos ataques à Academia, que culminaram com a agressão a vários jogadores. O ex-oficial de ligação com as claques, também arguido no caso, terá revelado que Mustafá lhe disse que o ex-presidente deu “luz verde” para o ataque em Alcochete.

Em 15 de maio, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram alguns jogadores, membros da equipa técnica e outros funcionários.

A GNR deteve no próprio dia 23 pessoas e efetuou, posteriormente, mais detenções – das quais as mais recentes foram as de Bruno de Carvalho e Mustafá, no domingo -, que elevaram para 40 o número de arguidos, dos quais 38 estão em prisão preventiva.

[sc name=”assina” by=”ZAP” source=”Lusa” ]


Comentários

4 comentários a “Bruno de Carvalho e Mustafá saem em liberdade”

  1. Avatar de Renato Martins
    Renato Martins

    Mas comparado é como se todos os operacionais da Al Qaeda fosse presos e Bin Laden libertado . Só mesmo em Portugal. Viva a Democracia. Sócrates, Duarte Lima, Armando Vara, Oliveira e Costa, Ricardo Salgado, etc.. tudo bons exemplos da aplicação da justiçao ” à portuguesa”

    1. Avatar de Carlos Silva
      Carlos Silva

      Renato, você tem toda a razão. São todos bons rapazes. Só falta felicitá-los pelas proezas.
      Nós, os portugueses em geral, é que somos uns artolas; de que servem estes e outros comentários se caem em saco roto?

  2. Caricato é um líder de uma claque ter 70.000Eur para pagar a fiança!! É quadro superior de alguma empresa?
    Quer ter um emprego bem remunerado? Esqueça as novas tecnologias ou a inovação! Seja um líder de claque!!

  3. Sem ter qualquer simpatia , pelo contrário, (nem tão pouco sou sportinguista) pelo Bruno de Carvalho, acho que a justiça deve funcionar com imparcialidade e não ir atrás da “vox populi” que tem tendência para fazer julgamentos em praça publica. Se as evidências são poucas para justificar a medida de prisão preventiva, acho muito bem que a mesma não seja aplicada.

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