Há novos dados no âmbito do caso em que a norte-americana Kathryn Mayorga acusa Cristiano Ronaldo de violação. A revista Der Spiegel publica documentos que atestam as alegadas contradições do futebolista, com uma versão apresentada aos advogados e outra às autoridades.
Estes novos documentos publicados pela revista alemã reportam-se a e-mails trocados entre os advogados do jogador, revelando as alegadas respostas dadas por Ronaldo a um questionário que lhe apresentaram sobre o que aconteceu naquela noite de 2009, quando Kathryn Mayorg alega que ele a violou.
Essas respostas originais, em que Ronaldo terá admitido que a norte-americana disse várias vezes não, terão sido depois alteradas pelos advogados, de modo a criar uma versão mais favorável ao avançado.
Na versão inicial, Ronaldo revela que no final do acto sexual, Mayorga lhe disse “‘Seu parvo, porque é que forçaste? Seu estúpido” e que ele respondeu “‘desculpa lá’”, conforme mostram os documentos divulgados pela Der Spiegel.
“Penetrei-a de lado. Ela mostrou-se disponível. Estava deitada de lado, na cama, e penetrei-a por trás. Foi brusco. Não mudamos de posição. 5/7 minutos. Ela disse que não queria, mas mostrou-se disponível. Foi brusco o tempo todo, virei-a de lado e foi rápido. Talvez tenha ficado com lesões quando a agarrei. Ela não mo queria dar, em vez disso masturbou-me. Já não sei bem o que ela disse quando me estava a masturbar. Mas continuou a dizer não. ‘Não o faças’ – ‘Não sou como as outras’. Pedi desculpa depois”, terá contado Ronaldo aos advogados, segundo os documentos.
Essa versão terá sido depois alterada para omitir as partes sobre a alegada recusa de Mayorga e para incluir que “ela não se queixou, não gritou, nem pediu ajuda”.
Os e-mails atestam ainda que os dois não usaram preservativo, nem falaram disso, que ele “não se veio dentro dela”, mas “sobre ela e no lençol”, que “não houve lubrificante” e que Ronaldo usou “saliva”.
Os documentos publicados pela Der Spiegel mostram também conversas em que os advogados falam da tradução do documento para Inglês, nomeadamente um deles a questionar como devia traduzir “expressões como ‘bola de cuspo’ e ‘toca-me ao bicho’“.
Os advogados de Ronaldo já alegaram que os documentos que a revista alemã tem na sua posse foram “fabricados” por piratas informáticos, contestando as argumentações apresentadas pela defesa de Kathryn Mayorga.
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