Setúbal vs Benfica | Jonas salva jogo pobre

O Benfica saiu da deslocação ao Estádio do Bonfim com três preciosos pontos, ao vencer o Vitória de Setúbal por 1-0.

Num jogo de fraco futebol, muita luta, e excesso de faltas (nada menos que 42), os “encarnados” sentiram muitas dificuldades para levarem de vencida os homens da casa, rematando até menos vezes, mas conseguiram segurar os três pontos, fruto de um golo de Jonas na primeira metade da partida.

O Jogo explicado em Números

  • Início de jogo algo confuso no Bonfim, com futebol pouco esclarecido e escassos lances ofensivos de relevo. No primeiro quarto-de-hora o Benfica registava 78% de posse de bola, três remates contra dois dos homens da casa, mas nenhum disparo enquadrado na partida.
  • Porém, com Jonas em campo, o golo pode acontecer a qualquer momento. Grimaldo lançou Gedson Fernandes na esquerda, este cruzou rasteiro e o brasileiro rematou de primeira para o 1-0, decorria o minuto 17, no primeiro remate enquadrado do jogo, segundo disparo do ponta-de-lança.
  • Aos 29 minutos, Zivkovic acertou com estrondo no poste esquerdo da baliza de Cristiano, numa altura em que o Vitória já tinha um pouco mais de bola e tentava chegar ao empate. Os sadinos registavam, à meia-hora, 34% de posse e quatro remates. Os “encarnados” começavam a sentir algumas dificuldades para encetar transições rápidas.
  • Ao invés, o Vitória começava a colocar jogadores muito velozes em contra-ataque, Cádiz em particular, na resposta a lances ofensivos benfiquistas que deixavam a retaguarda pouco protegida. Porém, os derradeiros minutos do primeiro tempo foram mal jogados, quezilentos, com muitas paragens e faltas, num futebol descaracterizado.
  • Mau jogo no Bonfim, com muitas faltas e pouco futebol. O golo de Jonas, no melhor lance do desafio, acabou por ser uma pedrada no charco num encontro em que a falta de ideias e fio de jogo das duas equipas imperou.
  • O facto de haver mais Benfica em praticamente todos os principais detalhes do jogo justificava a vantagem da “águia” ao descanso, altura em que Jonas era o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 6.3 – um golo em dois remates, um passe para finalização e dois dribles completos eram os números do brasileiro.
  • Reinício da partida com o Benfica por cima, a criar vários lances de perigo. Para além dos 63% de posse de bola no primeiro quarto-de-hora da segunda parte, os “encarnados” remataram duas vezes, mas ambas desenquadradas. O Vitória acertou uma vez com a baliza benfiquista em dois disparos.
  • Grande oportunidade de Rafa Silva aos 68 minutos. O extremo, sozinho na grande área, rematou colocado, mas Cristiano realizou uma grande defesa a negar o golo ao extremo. Aos 70 minutos o Benfica continuava a dominar, a atacar muito pelo flanco esquerdo (55%), mas não passava dos três remates na etapa complementar, um enquadrado, o mesmo que os sadinos.
  • Bom jogo de Jardel, em especial na segunda parte, quando foi chamado a mais trabalho. Após um primeiro tempo sem grandes intervenções, o brasileiro acertou as marcações e, por volta dos 80 minutos, registava três duelos aéreos defensivos ganhos em quatro e nove acções defensivas, entre elas três desarmes.
  • Nos derradeiros minutos o Vitória assumiu mais o jogo, construiu alguns lances de perigo e aumentou para 41% a posse de bola desde o intervalo, somando, igualmente, quatro remates, um enquadrado por volta dos 85 minutos. E aos 89 minutos, Jhonder Cádiz, na pequena área, cabeceou solto para uma defesa de vulto de Odysseas Vlachodimos, o lance mais perigoso dos sadinos na partida.

O Homem do Jogo

Num jogo longe de bem jogado, o melhor em campo acabou por ser aquele que decidiu a contenda. Sem grandes rasgos individuais numa partida com muitas faltas e futebol em esforço, Jonas registou um GoalPoint Rating de 7.1, o mais alto do jogo, mercê do golo que marcou ainda na primeira parte. O brasileiro nem rematou muito como é seu timbre (só dois disparos, um enquadrado), mas realizou três passes para finalização, completou os dois dribles que tentou e recuperou a posse de bola sete vezes.

Jogadores em foco

  • Mikel Agu 6.4 – O médio foi o melhor dos sadinos este sábado. Com pouca intervenção nas acções ofensivas (somente um remate), o nigeriano destacou-se pelas 11 recuperações de bola que realizou, os três desarmes e pela tendência em lançar os seus colegas com passes longos – fez 13, sete deles eficazes, cinco deles certos para o último terço.
  • Jardel 6.3 – O central brasileiro estava a ter um jogo discreto no primeiro tempo, mas dada a subida do Vitória no terreno foi obrigado a aplicar-se, terminando como segundo melhor das “águias”. Jardel ganhou três de quatro duelos aéreos defensivos, completou um drible e fez 11 acções defensivas, seis delas alívios.
  • Odysseas Vlachodimos 6.3 – Após uma primeira parte de pouco trabalho, o greco-alemão teve de aplicar-se no segundo tempo, terminando com três defesas, todas a remates na sua grande área, e ainda uma saída pelo ar eficaz e outra a soco. A intervenção ao cabeceamento de Jhonder, aos 89 minutos, valeu ao Benfica dois pontos.
  • Frédéric Mendy 6.1 – O francês sai deste jogo com alguns registos muito positivos e um negativo. Para além de quatro passes para finalização, o atacante completou o único cruzamento que fez, ganhou três de quatro duelos aéreos defensivos e um de sete ofensivos. Contudo, somou oito faltas e igualou o recorde de infracções num só jogo na Liga esta época.
  • Rafa Silva 5.7 – No dia em que publicámos uma peça a elogiar a evolução do extremo e a sua eficácia ofensiva, Rafa “fintou-nos” e regressou a um registo menos feliz na frente de ataque, desperdiçando algumas boas ocasiões. Ao todo registou cinco remates (máximo do jogo), mas só enquadrou um, somou cinco controlos de bola deficientes e apenas completou um drible (no único que tentou).

Resumo

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