O técnico português José Mourinho chegou esta terça-feira a acordo com a Justiça espanhola, tendo aceitado um ano de prisão com pena suspensa e uma multa de 2 milhões de euros por dois crimes de fraude fiscal.
De acordo com o portal espanhol Sport, o antigo treinador do Manchester United, de 56 anos, foi condenado por evasão e fraude fiscal no valor de 3,3 milhões de euros, montante que deveria ter sido entregue ao fisco espanhol. Em causa estão direitos de imagem relativos a 2011 e 2012, época em que ainda representava o Real Madrid.
Mourinho devia ter pago 966.922,56 euros de impostos em 2011 e 1.015.879,83 euros em 2012, valores que ascendem aos dois milhões de multa. O técnico tinha já pagado 1,14 milhões de euros por fraude fiscal em 2015.
Por se tratar de um crime punível com uma pena inferior a dois anos, José Mourinho não terá de cumprir pena de prisão. A pena de prisão de 12 meses é então substituída por uma multa adicional de 180 mil euros, que pagará nos próximos dois anos com uma quota diária de 250 euros.
De acordo com a acusação, Mourinho criou a empresa Koper Service SA com o objetivo de “tornar fiscalmente opacos os benefícios derivados dos seus direitos de imagem”. Recorrendo a esta “manobra fiscal”, Mourinho terá causado “um dano ao Tesouro” no valor 1,6 milhões de euros em 2011 e cerca de 1,7 milhões de euros no ano seguinte.
Tendo em conta a acusação, a Justiça espanhola condenou o técnico português a seis meses de prisão por cada uma das duas fraudes cometidas, obrigando-o a pagar uma multa equivalente a 60% do valor devido ao Tesouro nos dois anos em causa. À multa, juntam-se ainda os custos processuais, ficando também o português proibido de receber incentivos ou subsídios fiscais ao longo de dois anos.
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