No jogo grande da 27ª jornada, Sporting de Braga e FC Porto proporcionaram um grande espectáculo de futebol na Pedreira, com cinco golos e triunfo para os “dragões”, por 3-2.
Os minhotos estiveram por duas vezes em vantagem, mas não conseguiram resistir à grande pressão portista em busca da vantagem, acabando por consentir a reviravolta na partida. Os “azuis-e-brancos” foram superiores e acabaram por justificar os três pontos, apesar de os dois últimos golos terem sido apontados de grande penalidade.
O Jogo explicado em Números
- Excelente entrada do Sporting de Braga em jogo, com o 1-0 logo aos quatro minutos. Dyego Sousa lançou Claudemir na esquerda, este cruzou para o segundo poste onde surgiu Wilson Eduardo a encostar com êxito, no primeiro remate dos minhotos na partida. Um lance em que Iker Casillas hesitou, falhou a intercepção e nada mais pôde fazer quando tentou reagir.
- Apesar do tento inaugural, o Porto tinha o domínio dos acontecimentos, ao ponto de chegar ao primeiro quarto-de-hora com 75% de posse de bola. Contudo, não ia além de dois remates, ambos desenquadrados, enquanto os “arsenalistas” marcaram um golo no mesmo número de disparos.
- O tento bracarense deu início a um período de grande pressão portista, que acabou por dar frutos aos 26 minutos. Canto da esquerda apontado por Jesús Corona, Felipe desviou ao primeiro poste e Tiquinho Soares surgiu na pequena área a concluir de cabeça. Ao quinto remate, os “dragões” registavam o primeiro enquadrado, que deu golo.
- À meia-hora continuava praticamente só a dar Porto, que registava 74% de posse de bola e impressionantes 90% de eficácia de passe. Os bracarenses não estavam a conseguir evitar as trocas de bola contrárias e eles próprios estavam a sentir dificuldades para lançar as transições, muito por culpa dos pobres 59% de certeza nas entregas.
- O médio Claudemir era um oásis na formação da casa, com um rating de 6.1 nesta fase, fruto da assistência, mas também de apenas ter falhado um de 11 passes, o que contrastava com o resto da equipa. Reflexo das dificuldades minhotas o facto de João Palhinha apresentar, nesta altura, somente sete acções com bola e três passes, para além de uma só acção defensiva.
- A igualdade ao descanso premiava o golo madrugador dos bracarenses, mas soava a algo injusto perante o domínio claro dos portistas em praticamente todos os momentos do jogo.
- O Braga nunca soube neutralizar o meio-campo contrário, permitindo uma pressão intensa por parte dos “dragões”, que assim tiveram muita bola e remataram mais, embora nem sempre com a melhor qualidade.
- Ao invés, o Porto soube sempre anular os contra-ataques contrários, limitando os da casa a apenas 62% de eficácia de passe. O melhor em campo ao intervalo era Tiquinho Soares, com um GoalPoint Rating de 6.6.
- O brasileiro fez um golo em dois remates, somou um passe para finalização e completou a única tentativa de drible.
- Mais uma vez o Braga reentrou muito bem e marcou logo aos 47 minutos. A defesa portista demorou a afastar a bola e Murilo Souza interceptou-a, passou por Éder Militão e Casillas e atirou para o fundo da baliza deserta. Primeiro remate do segundo tempo, golo do Braga.
- Os “arsenalistas” entraram transfigurados, com mais agressividade na pressão e lances de perigo. Aos 59 minutos, Dyego Sousa, em boa posição à entrada da área, e sem oposição, rematou para uma grande defesa de Casillas, que evitou assim o terceiro do Braga. Nos primeiros 15 minutos do segundo tempo, o Porto ainda dominava, mas o Braga registava já 42% de posse e dois remates enquadrados em três tentativas, contra apenas um disparo (com boa direcção) dos visitantes.
- Até que, aos 66 minutos, o árbitro assinalou grande penalidade, a castigar falta de Claudemir sobre Militão. Na cobrança, Alex Telles não desperdiçou e empatou de novo o jogo, ao terceiro remate portista no segundo tempo, segundo com a melhor direcção. Telles que se lesionou na sequência do pontapé e teve de ser substituído por Fernando Andrade, com o Porto a pressionar em busca da vantagem – o lateral era o melhor em campo quando saiu, com um rating de 6.7.
- Aos 70 minutos, os “dragões” registavam 63% de posse de bola e pareciam voltar a assumir o domínio incontestado de um jogo quente e intenso, muito competitivo e mais aberto no segundo tempo. Destaque para Nuno Sequeira do lado do Braga. O lateral-esquerdo registava sete desarmes nesta fase, mais três que qualquer outro jogador em campo.
- E aos 77 minutos, nova grande penalidade para o Porto, mais uma vez com Claudemir no lance, a fazer falta sobre Fernando Andrade. Desta vez foi Soares a bater, para o 3-2. Um golo ao quarto remate dos “dragões” no segundo tempo, terceiro enquadrado.
- O Braga atirou-se para cima do Porto nos derradeiros minutos do jogo, à procura do empate. Mas os “dragões” puxaram dos galões da sua famosa consistência defensiva e não deram veleidades ao ataque minhoto.
O Homem do Jogo
Num jogo de grande pressão do Porto na maior parte do tempo, o brasileiro Tiquinho Soares foi fundamental na luta na grande área minhota, pela forma como se movimentou e surgiu solto nos espaços. Com dois golos, um de grande penalidade, o ponta-de-lança brasileiro foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 6.9. Ao todo o avançado fez três remates, dois enquadrados, um passe para finalização e completou a única tentativa de drible. A sua nota acabou penalizada pelos cinco desarmes sofridos e pelos seis maus controlos de bola.
Jogadores em foco
- Alex Telles 6.7 – O lateral estava a ser o melhor em campo quando teve de sair, lesionado, logo após empatar o jogo de penálti. Telles fez um golo, enquadrou os três remates que fez e tirou cinco cruzamentos, embora só um tenha encontrado um colega de equipa.
- Éder Militão 6.5 – Grande jogo do brasileiro, em especial nos duelos. Ganhou quatro de seis duelos aéreos defensivos e dois de três ofensivos, somou oito acções defensivas e completou três de seis tentativas de drible.
- Tiago Sá 5.8 – Perante a pressão portista, o melhor do Braga acabou por ser o seu guarda-redes. Tiago Sá fez três defesas, duas a remates dentro da sua grande área, duas que iam na direcção dos ângulos superiores da sua baliza.
- Dyego Sousa 5.7 – Bom jogo do internacional luso, que deu muito trabalho à defensiva portista. Dyego fez a assistência para o segundo golo bracarense, completou as duas tentativas de drible, ganhou dois de cinco duelos aéreos ofensivos e ainda registou dois remates, um deles para grande defesa de Casillas.
- Nuno Sequeira 5.6 – O lateral-esquerdo do Braga teve muito trabalho pela frente, mas esteve quase sempre bem. Ao todo somou oito desarmes, mais três que Ricardo Esgaio e Marcelo Goiano (que registaram o segundo valor mais alto), e ainda realizou quatro cruzamentos, três deles eficazes.
Resumo
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