O Benfica recebeu o Vitória de Setúbal e venceu por 4-2, repetindo o resultado de quinta-feira, na Liga Europa.
Os “encarnados” mostraram grande qualidade ofensiva – embora tenham desperdiçado algumas ocasiões flagrantes -, mas ao mesmo tempo revelaram algumas lacunas defensivas, não evitando que os sadinos criassem muito perigo, marcassem por duas vezes e terminassem com bastantes remates.
João Félix e Rafa Silva foram as grandes figuras da formação da casa, Georgi Makaridze brilhou pelos sadinos.
O Jogo explicado em Números
- Entrada auspiciosa do Benfica, a marcar logo ao segundo minuto. João Félix cruzou da direita e Rafa Silva, com um toque subtil, desviou para o fundo da baliza, com a bola a embater ainda no poste antes de entrar. Primeiro remate, primeiro golo.
- O primeiro quarto-de-hora foi de grande pressão benfiquista, ao ponto de registar 76% de posse de bola, cinco remates (dois enquadrados) e 91% de eficácia de passe. Os sadinos sentiam bastantes dificuldades para roubar a bola às “águias”, mas quando o conseguiram, remataram duas vezes, ambas sem a melhor direcção.
- O Vitória, entretanto, tentou reagir e subiu um pouco no terreno, obrigando o Benfica a recuar. Contudo, aos 28 minutos, o árbitro assinalou grande penalidade por mão de Rúben Micael na grande área. Na conversão, Pizzi permitiu a defesa de Makaridze, dono de uma excelente estirada.
- A meia-hora chegou com vantagem mínima para os “encarnados”, graças ao golo madrugador, e com um penálti falhado, sempre com superioridade dos líderes do campeonato e ocasiões para marcar. Nesta fase, o Benfica registava 72% de posse, 90% de eficácia de passe, 12 remates (dez realizados na grande área), quatro deles enquadrados. O guardião sadino, Makaridze, começava a dar nas vistas e a evitar o avolumar do resultado, com três defesas importantes.
- Mas nada pôde fazer aos 36 minutos. João Félix recuperou a bola a Vasco Fernandes à entrada da área sadina, serviu Rafa e o extremo fez o seu segundo golo na partida, o 12º na Liga. Ao 14º remate, quinto enquadrado, o Benfica chegava ao 2-0.
- Respondeu o Vitória de imediato, numa bela jogada, com Hildeberto a passar a Rúben Micael, este a deixar para Nuno Valente, que rematou à entrada da área para o 2-1, ao quinto disparo sadino, primeiro à baliza de Vlachodimos.
- Jogo muito animado no Estádio da Luz, com vantagem justa para o Benfica, mas sem facilidades.
- As “águias” entraram de rompante, marcaram cedo, ampliaram a vantagem, dominaram, mas nunca mostraram a consistência defensiva suficiente para evitar ataques perigosos por parte dos sadinos, que reentraram no jogo com o seu golo, logo a seguir ao segundo dos “encarnados”.
- O melhor em campo nesta fase era Rafa Silva, com um GoalPoint Rating de 7.3, ele que fez os dois golos do Benfica, em quatro remates (dois enquadrados), e completou as duas tentativas de drible.
- O Benfica voltou a entrar melhor no segundo tempo e chegou ao 3-1 aos 56 minutos. Excelente intercepção de Florentino Luís, a bola chegou a Pizzi, que cruzou da direita e, na grande área, João Félix entrou de rompante a rematar de primeira para um grande golo. O jovem facturou ao quinto remate, primeiro que conseguiu enquadrar.
- A hora de jogo chegou com ligeiro ascendente do Vitória na segunda parte (52% de posse), mas o Benfica surgiu disposto a aproveitar melhor os espaços concedidos pelos visitantes, pelo que registava os três únicos remates desde o intervalo, dois deles enquadrados.
- Esta era a tendência da segunda parte, o Vitória em busca de reduzir, o Benfica a tentar apanhar o seu adversário em contra-pé. Ferro, com sete passes longos certos em dez, e Pizzi, com cinco eficazes em seis, eram protagonistas nos lances em que os “encarnados” tentavam colocar a bola rápido na frente.
- Aos poucos os vitorianos começaram a mostrar descrença na recuperação e, aos 77 minutos, o Benfica ampliou. Seferovic entregou a Rafa, este devolveu ao suíço, que rematou colocado. Um tento ao 18º remate, oitavo enquadrado, numa altura em que os visitantes registavam cinco 13 disparos, mas somente três enquadrados. O vencedor estava encontrado, mas não o resultado final.
- Aos 86 minutos, o árbitro assinalou falta de Rúben Dias sobre Vasco Fernandes na grande área e, na conversão, Jhonder Cádiz não falhou, reduzindo para 4-2, ao sexto remate setubalense na segunda parte, terceiro enquadrado.
O Homem do Jogo
Desta feita o destaque de homem do jogo não é tão óbvio como por vezes sucede. Rafa Silva começou por bisar e assistiu Seferovic para o 4-1. João Félix fez duas assistências e apontou um excelente golo.
Assim, os dois jogadores andaram perto, mas o jovem atacante acabou por registar o GoalPoint Rating mais elevado, um 7.6, com vantagem de apenas cinco centésimas em relação ao extremo.
Félix fez um golo no único remate enquadrado que fez (num total de cinco), assinou duas assistências em dois passes para finalização, teve eficácia nos dois cruzamentos que realizou e ganhou três de cinco duelos aéreos ofensivos. A sua nota é penalizada pela ocasião flagrante que desperdiçou.
Jogadores em foco
- Rafa Silva 7.6 – O extremo entrou “a matar”, com um belo golo aos dois minutos e outro aos 36. Rafa realizou um total de quatro remates, enquadrando três deles, e ainda fez uma assistência em dois passes para finalização, completando duas de três tentativas de drible. Tal como Félix, desperdiçou uma ocasião flagrante.
- Georgi Makaridze 6.9 – Excelente prestação do guarda-redes, o melhor dos sadinos. O georgiano terminou a partida com quatro defesas, todas a remates realizados na sua grande área, incluindo a grande penalidade cobrada por Pizzi. E ainda tirou uma bola que se encaminhava para um dos ângulos da sua baliza.
- Nuno Valente 6.6 – O jogo do médio-ala ficou marcado pelo golo de grande qualidade que apontou, a finalizar um passe de Rúben Micael. Valente fez ainda um passe para finalização e completou uma de duas tentativas de drible.
- Haris Seferovic 6.3 – O suíço esteve discreto durante a maior parte do tempo, mas no final apareceu para marcar o seu “golinho da ordem” – já leva 19 no campeonato. Seferovic realizou quatro remates, enquadrou dois e pouco mais fez de relevante.
- Florentino Luís 6.2 – O jovem “trinco” foi um pêndulo, embora não tenha podido travar, sozinho, os muitos jogadores que surgiram na sua zona de acção. Ainda assim, esteve na origem do 3-1, com uma intercepção primordial, somando 11 acções defensivas, sete recuperações de posse e somente dois passes falhados em 51.
Resumo
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