O Benfica respondeu categoricamente à eliminação europeia e voltou à liderança do campeonato, após esmagar o Marítimo por esclarecedores 6-0.
Numa partida liderada desde o apito inicial pelos “encarnados”, a goleada começou a ser construída logo aos três minutos, embora os restantes cinco golos tenham aparecido apenas na segunda metade.
O Marítimo regressa à Madeira com um “saco cheio”, após uma exibição pobre, expressa no facto de ter apenas rematado uma única vez, logo aos 11 minutos.
O Jogo explicado em Números
- Início implacável por parte das “águias”, que chegaram à vantagem logo ao terceiro minuto, num remate de primeira de João Félix após canto batido de forma rasteira por Pizzi. A equipa “encarnada” entrou na partida a querer mandar, chegando ao minuto 15 com quatro disparos, dois deles à baliza, 85% de eficácia de passe e 70% de posse de bola.
- Início desastrado de partida por parte de André Almeida, que nos primeiros 25 minutos do desafio falhou cinco passes em 14, errou os três cruzamentos que fez e perdeu a posse em nove ocasiões – mais quatro do que qualquer jogador “encarnado” até então.
- Volvidos 30 minutos, o Benfica continuava a comandar as incidências da partida. Para além de já levar oito disparos, três dos quais enquadrados, os “encarnados” tinham 65% de posse e 86% de passes eficazes, frente a um Marítimo que ainda só tinha um remate, desenquadrado, e 69% de passes bem-sucedidos.
- A cinco minutos do final da primeira parte, o Marítimo continuava com apenas uma situação de remate criada, por Vukovic. No Benfica, já sete jogadores levavam passes para finalização, com Ferro à cabeça (dois).
- Vantagem justa por parte da equipa da casa, pecando apenas por escassa, tendo em conta o domínio das “águias”.
- Os encarnados foram superiores em todos os domínios, acabando, no entanto, por fazer apenas um golo em 12 disparos, quatro deles enquadrados com a baliza de Charles, que era ao intervalo o melhor jogador maritimista, com nota 6.4 nos GoalPoint Ratings, graças às três defesas que levava.
- Ainda assim, o guardião brasileiro ficava quatro centésimas atrás de João Félix, o melhor da partida ao intervalo.
- Para além do golo que marcou, o jovem português levava uma ocasião flagrante criada, quatro recuperações de posse e duas faltas sofridas.
- Tal como na primeira parte, o Benfica marcou logo a abrir. Desta vez foi Pizzi a colocar a bola no fundo da baliza após cruzamento de André Almeida, que registava a sua nona assistência da época do campeonato. A equipa “encarnada” fechou o primeiro quarto-de-hora com números impressionantes: seis disparos, dois deles à baliza, 61% de posse, 87% de eficácia de passe e quatro pontapés de canto.
- Aos 65 minutos, o Benfica ampliou novamente a vantagem, com João Félix a rematar de primeira para o fundo da baliza, dando o melhor destino a um cruzamento de André Almeida que ainda desviou em Lucas Áfrico, motivo pelo qual o lateral-direito “encarnado” não somou nova assistência.
- De marcador a “fornecedor”, João Félix esteve na origem do 4-0 aos 71 minutos, ao assistir Cervi que, na cara de Charles, picou a bola sobre o corpo do guarda-redes brasileiro, que já levava tantas defesas quantos golos sofridos. Segunda ocasião flagrante criada na partida pelo internacional português, que somava a sua sétima assistência no campeonato.
- A dez minutos do final da partida, o Marítimo continuava sem rematar à baliza, com o seu único disparo a ter surgido ao minuto 11. Os comandados de Petit levavam quatro acções com bola na área do Benfica, apenas um dos quais da sua unidade mais ofensiva, o avançado Getterson.
- Antes do apito final ainda houve tempo para mais dois golos. Primeiro foi Cervi, que rematou para o fundo da baliza após alguma confusão dentro da área maritimista. Pouco depois, Salvio, acabado de entrar, fez de cabeça o 6-0 após um cruzamento de Grimaldo, fechando as contas de uma partida de um só sentido.
O Homem do Jogo
Afastado das escolhas “encarnadas” durante muito tempo, Franco Cervi mostrou que “está aí para as curvas” e que pode desempenhar um papel importante na recta final da temporada. O extremo argentino fez dois golos e criou duas ocasiões de remate, acabando por superiorizar-se ao companheiro João Félix pelo excelente trabalho defensivo que realizou. Cervi somou sete desarmes, o máximo da noite, a que juntou ainda duas intercepções e dois bloqueios de passe. Para além disso, sofreu duas faltas em zona de perigo, mais do que qualquer outro jogador. Tudo somado, fechou a noite com nota 8.4 nos GoalPoint Ratings.
Jogadores em foco
- João Félix 8.2 – Tal como Cervi, marcou dois golos, a que somou ainda duas ocasiões flagrantes criadas, uma delas resultante em assistência. Pela negativa, foi desarmado três vezes e errou oito passes, cinco deles curtos.
- Grimaldo 7.9 – Terminou a partida com 100 acções com bola, o máximo da noite, e nove acções defensivas, quatro delas desarmes. Dos seus sete cruzamentos, três foram eficazes, sendo que um deles terminou em golo.
- Florentino Luís 6.7 – Nova exibição de luxo do médio, que errou apenas cinco passes em 70, recuperou dez vezes a bola, sofreu uma falta em zona de perigo e somou 11 acções defensivas, oito delas intercepções.
- Seferovic 5.5 – Noite para esquecer por parte do suíço, que desperdiçou duas ocasiões flagrantes. Somou ainda dois passes para finalização e venceu três dos quatro duelos aéreos que disputou.
- Nanu 3.0 – O lateral-direito maritimista teve a nota mais baixa da noite. Errou dez passes, sete deles no seu próprio meio-campo, perdeu 19 vezes a posse, sofreu cinco desarmes e controlou mal a bola em três situações.
Resumo
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