O ex-presidente do Sporting CP, Bruno de Carvalho, solicitou uma assembleia geral extraordinária para pedir esclarecimentos em relação à auditoria feita pela Baker Tilly às contas do clube.
Juntamente com outros três acionistas, Bruno de Carvalho enviou uma carta a Bernardo Ayala, presidente da Mesa da Assembleia Geral (AG) da SAD leonina, para a realização de uma reunião extraordinária da AG. Em causa está a divulgação a público da auditoria às contas do clube.
O antigo presidente sportinguista critica o facto de o relatório ter sido imediatamente tornado público, “colocando à mercê de todos — incluindo os nossos rivais e adversários — informações sigilosas que colocam o clube numa situação de enorme fragilidade“.
“A realização de auditorias ou relatórios têm de merecer sempre um especial cuidado, pois lidam com dados sensíveis e confidenciais desta sociedade ao qual vossa Excelência Preside à Mesa da Assembleia Geral”, pode ler-se na carta enviada a Bernardo Ayala.
Bruno de Carvalho e os outros três sócios signatários da carta partilham a opinião de que a Sporting SAD tem adotado uma forma de comunicação que “provoca prejuízos tremendos para a Instituição, fere as regras estabelecidas pela CMVM e coloca os acionistas numa situação de total perplexidade, preocupação e desagrado”.
Na carta enviada, é destacado que nos mandatos anteriores foram feitas outras auditorias de Gestão do clube, que não tiveram a sua divulgação nos órgãos de comunicação social. “Foi a forma responsável e profissional com que se lidou com estas situações no passado que queremos ver repetida no presente e no futuro”, lê-se.
Segundo detalha o DN, os signatários da carta pedem ainda uma série de esclarecimentos de assuntos como o estado de renegociação da reestruturação financeira, os contornos do negócio com o Fundo Apollo e do negócio com o Wolverhampton e os pormenores do processos de defesa que dizem respeito aos jogadores que rescindiram os contratos.
Ainda em relação à auditoria, Bruno de Carvalho, Alexandre Godinho, Fernando Carvalho e João Trindade consideram que “são demasiadas as informações contraditórias que têm vindo a público que indicavam que esta seria uma auditoria forense, sendo que, pela leitura da mesma, os próprios autores o negam”.
De acordo com o jornal OJOGO, as preocupações de Bruno de Carvalho são partilhadas por três acionistas dos leões: Alexandre Godinho (membro da Direção de Bruno de Carvalho), Fernando Carvalho (Conselho Fiscal e Disciplinar do clube) e João Trindade (um dos nove associados que pediu a amnistia para todos os sócio suspensos involuntariamente ou expulsos).
“Solução para pacificar o clube”
Um grupo de sócios do Sporting CP, com ligações a Bruno de Carvalho, pediu também a convocação de uma outra assembleia geral, com “uma solução para pacificar o clube“. O pedido foi feito esta segunda-feira e pede a amnistia para todos os sócios suspensos involuntariamente ou expulsos.
A carta foi assinada por nove sócios do clube e pede uma assembleia geral “onde os sócios possam ser esclarecidos e ouvidos sobre todos os acontecimentos, promovam uma amnistia que absolva todos os sócios suspensos involuntariamente e expulsos“.
O DN refere ainda que os sócios signatários alertam para a incapacidade da atual direção “para unir o Sporting Clube de Portugal e para mobilizar todos os sportinguistas em torno dos objetivos magnos do clube e da Sporting SAD”.
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