O SL Benfica está a reunir provas contra o FC Porto no caso da divulgação dos e-mails do emblema da Luz. Os benfiquistas querem garantir uma indemnização de 17,7 milhões de euros.
O SL Benfica está focado em garantir a condenação do FC Porto no processo cível relativo à divulgação do correio eletrónico dos “encarnados”. Uma das provas recolhidas pelo Benfica são imagens do discurso de agradecimento de Francisco J. Marques na gala dos Dragões de Ouro, na qual recebeu o prémio de funcionário do ano.
Segundo o CM, nesse discurso, o responsável pela comunicação dos “dragões” agradeceu o voto de confiança dado pelo presidente do FC Porto, Pinto da Costa, e da administração portista, por terem acreditado que era “uma luta que valia a pena travar“.
Sem nunca referir os e-mails durante o seu discurso, fica implícito que Francisco J. Marques falava sobre a divulgação dos e-mails do Benfica. Isto depois do diretor de comunicação do FC Porto ter negado qualquer conhecimento da SAD do clube anteriormente à divulgação pública do correio eletrónico das “águias”.
Esta foi também a posição defendida em julgamento por Diogo Faria, que negou o envolvimento da administração do clube nortenho. O colaborador da comunicação do FC Porto afirmou ainda que, juntamente e apenas com Francisco J. Marques, tinha acesso a uma sala fechada, com um computador privado, onde eram analisados os e-mails do Benfica.
“O nosso objetivo era analisar as caixas de correio para ver se existiria informação do interesse público e confirmar as suspeitas que já existiam no futebol português”, afirmou o funcionário do FC Porto.
O vídeo recolhido pelo Benfica da gala portista acaba por mostrar uma realidade oposto à referida pelos dois elementos da comunicação do clube. No seu discurso, Francisco J. Marques dá a entender que o presidente e a SAD tinham conhecimento e apoiaram a divulgação dos e-mails.
Ligações entre Rui Pinto e Francisco J. Marques
O Correio da Manhã dá ainda conta de uma ligação entre Rui Pinto e Francisco J. Marques. Diogo Faria, co-autor do livro “O Polvo Encarnado” e antigo colega de universidade de Rui Pinto, é o elo que une o hacker e o diretor de comunicação do FC Porto. Contudo, o colaborador do clube portista nega que haja uma relação de amizade com Rui Pinto.
“Não temos círculos de amigos em comum. Não vejo o Rui Pinto desde que deixámos de frequentar a faculdade há cinco, seis anos. Não tenho qualquer contacto com ele desde essa altura. Era um mero colega das turmas que tinham mais de 100 elementos. Nunca fomos amigos”, disse Diogo Faria à CMTV.
O Correio da Manhã alega que algumas das declarações de Diogo Faria são contraditórias. Nomeadamente, o facto de não ter círculos de amigos em comum com o pirata informático, apesar de uma foto de 2013 mostrar Rui Pinto à beira de um jovem que também é amigo de Diogo Faria.
Além disso, uma viagem do colaborador do departamento de comunicação dos “dragões” a Budapeste — já depois de ter sido revelada a identidade do pirata informático — levanta ainda mais suspeitas quanto ao seu envolvimento com o clube no caso dos e-mails.
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