A revista americana New Yorker publicou uma extensa reportagem sobre Rui Pinto, o pirata informático julgado pelo caso da Football Leaks. Rui Pinto é retratado como um ativista anticorrupção.
Rui Pinto é um homem cuja opinião pública se desdobra entre hacker e whistleblower. Apesar de estar preso em Portugal, a New Yorker comparam Rui Pinto a nomes como Julian Assange e Edward Snowden. O jovem é tido como um benfeitor pelas revelações que fez, que podem ser vistas como combate à corrupção no mundo do futebol.
“Enquanto Rui Pinto espera na cadeia, as suas revelações estão a arrasar os mais famosos clubes e jogadores”, lê-se na introdução do artigo, citada pelo jornal Expresso. A revista conta a história do pirata informático português, que é originalmente licenciado em História.
“As regras de transferências estão estragadas. Os salários são secretos. As melhores ligas estão repletas de oligarcas russos, fundos do Médio Oriente e conglomerados chineses”, critica a revista norte-americana.
No extenso artigo é também relatado que as informações vazadas por Rui Pinto foram de extrema importância para a condenação de grandes futebolistas por evasão fiscal, pela investigação a um alegado caso de violação contra Ronaldo e ainda uma investigação ao Manchester City, que os pode deixar fora da Liga dos Campeões na próxima temporada.
“Fiquei completamente eletrizado quando me chegou às mãos tanta informação”, admitiu o jornalista da revista alemã “Der Spiegel”, Rafael Buschmann. Rui Pinto fez-lhe chegar estas informações em 2016, depois de em 2015, ter também enviado um e-mail ao jornalista do jornal Record, António Varela.
No artigo da New Yorker são recordados, obviamente, alguns dos casos mais sonantes que o trabalho de whistleblower de Rui Pinto originou. Em Portugal, o caso dos e-mails do Benfica, que ainda hoje abala o futebol português foi mencionado. Também não faltou o caso dos “jogadores fantasma” de Bruno de Carvalho na altura em que era presidente leonino.
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